terça-feira, julho 30, 2002











Fui procurar por Sandburg:


Languages

There are no handles upon a language
Whereby men take hold of it
And mark it with signs for its remembrance.
It is a river, this language,
Once in a thousand years
Breaking a new course
Changing its way to the ocean.
It is mountain effluvia
Moving to valleys
And from nation to nation
Crossing borders and mixing.
Languages die like rivers.
Words wrapped round your tongue today
And broken to shape of thought
Between your teeth and lips speaking
Now and today
Shall be faded hieroglyphics
Ten thousand years from now.
Sing--and singing--remember
Your song dies and changes
And is not here to-morrow
Any more than the wind
Blowing ten thousand years ago.








Peguei na Wica que conheci através da Kriks, que conheci através da Meg.


"Mais um teste biruta'.

A Elis pegou na Cora e eu peguei da Elis: )

You are Carl Sandburg
You see the world in a different way than your peers and are able to find beauty in the most unusual places!


and

You are William Shakespeare
You have a certain eloquence and stoicism about you that is juxtaposed at times with a most peculiar sense of humor. Your world is orderly and simultaneously romantic. You are able to note beauty in the old and the new. Just keep in mind that passion and order are often at opposite ends of the spectrum.


Abafa!

: ))



Peguei na Nancy.: )



31.25 %

My weblog owns 31.25 % of me.
Does your weblog own you?




sexta-feira, julho 26, 2002















Mazinho esteve aqui em casa ontem, voltando de uma turnê – ele é musico – e trouxe um presente de World Music:

Richard Bona.

Mais uma prova de que sofisticação é simplicidade.
Do que vi hoje no WinMX e no Soulseek, recomendo Eyando, New Bells, Suninga, Redemtion Song com Lee Ritenour e uma bela interpretação que transformou Woman no Cry numa canção. Tem coisas melhores, mas estava indisponível hoje de manhã.

No momento Bona está em turne com Pat Metheny.
Tô super curiosa pra saber que musica que vai sair daí. : )







Adoro família. Adoro.
Viveria feliz pra sempre numa novela de Manoel Carlos.
Do Carlos Lombardi também.

quinta-feira, julho 25, 2002




















A thousand years, a thousand more,
A thousand times a million doors to eternity
I may have lived a thousand lives, a thousand times
An endless turning stairway climbs
To a tower of souls
If it takes another thousand years, a thousand wars,
The towers rise to numberless floors in space
I could shed another million tears, a million breaths,
A million names but only one truth to face

A million roads, a million fears
A million suns, ten million years of uncertainty
I could speak a million lies, a million songs,
A million rights, a million wrongs in this balance of time
But if there was a single truth, a single light
A single thought, a singular touch of grace
Then following this single point , this single flame,
The single haunted memory of your face

I still love you
I still want you
A thousand times the mysteries unfold themselves
Like galaxies in my head

I may be numberless, I may be innocent
I may know many things, I may be ignorant
Or I could ride with kings and conquer many lands
Or win this world at cards and let it slip my hands
I could be cannon food, destroyed a thousand times
Reborn as fortune's child to judge another's crimes
Or wear this pilgrim's cloak, or be a common thief
I've kept this single faith, I have but one belief

I still love you
I still want you
A thousand times the mysteries unfold themselves
Like galaxies in my head
On and on the mysteries unwind themselves
Eternities still unsaid
'Til you love me

Stingo.
A Thousand Years.

Como é que um cara tão pateta, pode fazer uma letra tão linda como essa...?


quarta-feira, julho 24, 2002








Antonio Peticov







INVERNO

No dia em que fui mais feliz
eu vi um avião
se espelhar no seu olhar até sumir
de lá pra cá não sei
caminho ao longo do canal
faço longas cartas pra ninguém
e o inverno no Leblon é quase glacial.
Há algo que jamais se esclareceu:
onde foi exatamente que larguei
naquele dia mesmo o leão que sempre cavalguei?
Lá mesmo esqueci
que o destino
sempre me quis só
no deserto sem saudades, sem remorsos, só
sem amarras, barco embriagado ao mar
Não sei o que em mim
só quer me lembrar
que um dia o céu
reuniu-se à terra um instante por nós dois
pouco antes do ocidente se assombrar

Antonio Cicero





...Ai, ai..Não adianta; eu tô no resgate do Leblon. Melhor deixar sair antes que ele me assombre para todo o sempre..: )



Uma coisa que eu adorava fazer era ir as premiéres do Leblon II.
Fazia as coisas normais do Sábado, depois conversava um pouco com a minha vizinha;
lá pelas 11 e 15, descia e caminhava até o cinema.
Era a hora que o Leblon começava a crescer na noite.
Essas sessões eram concorridas mas, eu comprava ingresso antes,
então dava pra ir caminhando relax.
Assisti a ótimos filmes lá. Quando a sessão terminava, fazia o caminho de volta a pé
também e nesse horário, 2 e tal, o Baixo fervilhava.
Passava no Guanabara e encomendava uma pizza, uma mousse, uma coca e um Minister.
Enquanto esperava o pedido ficar pronto, assistia divertida, a um monte de “você é quem”
desfilar na minha frente; aquela coisa fashion do bairro, onde é maravilhoso ser local mas,
o melhor é ser anônimo;
(mais ou menos como deve se sentir o mordomo da Madona, hehehe...)
Ficava ali esperando a pizza, olhando o movimento, depois parava na banca da Piauí,
comprava o Globo e o JB e subia pra casa, felizinha, pra terminar meu programão.
Pela ordem; colocava uma camisolona, daquelas compridas que a gente pisa em cima
e degustava a minha pizza, olhando pela janela da sala, escutando a noite.
Sabia que, de madrugada, dá para ouvir o mar lá do segundo quarteirão? Pois dá.
Depois ia pro quarto, espalhava os jornais pela cama e, eu e minha mousse, minha mousse e eu,
líamos os jornais até as 5 da manhã.
Acordava, é claro, ao meio dia, virava um vegetal na frente da TV até as 4, quando voltava dos mortos num banho rápido,
para aproveitar o resto da tarde.
Então, pra fechar o dia, colocava uma roupa gostosa e andava até o
Arpoador para assistir aqueles shows que eram realizados no parque.
Assisti a super shows lá. Joyce, mais de uma vez, Paulo Moura, Victor Biglione;
gente não tão conhecida assim, mas que também batia o maior bolão,
sem falar no show antológico do Tom, que teve aquela parte sincronica com o planeta e a humanidade,
quando ele começou a cantar...” minha alma caaanta, vejo o Rio de Janeeeiro...”
e o avião passando lá, na hora, na frente da gente...
Uma coisa é certa não dá pra descrever pra quem não esteve lá.
Qualquer tentativa é vã, infelizmente.

E era assim o Leblon.

A única nota dissonante desse meu paraíso era no Domingo, já tarde da noite, quando o Fe voltava do pai, sem tomar banho ou com fome, o que era o de menos.
O que doía mesmo era o olhar desconfiado de, pai-é-isso-mesmo,-mãe?.
Vontade de dizer, não meu filho. Não.
Mas, deixa estar, que o próximo Domingo era comigo.


***







***


Falando em Tom Jobim, uma vez, eu estava atravessando pra minha rua e lá vinha o Tom.
Ele me viu atravessando, parou na esquina e abriu o maior sorriso do mundo.
Mas a medida que eu me aproximava, constrangida, ele foi parando de sorrir, constrangido percebendo que tinha me confundido com alguém, provavelmente muito querido.
Seguimos nossos caminhos constrangidos.
Mas eu: com aquele maior sorriso do Tom no coração.




***


E, falando exaustivamente, no Leblon:



Você atravessando aquela rua vestida de negro
E eu te esperando em frente a um certo Bar Leblon
Você se aproximando e eu morrendo de medo
Ali, bem mesmo em frente a um certo Bar Leblon
Quando eu atravessava aquela rua morria de medo
De ver o teu sorriso e começar um velho sonho bom
E o sonho, fatalmente, viraria pesadelo
Ali, bem mesmo em frente a um certo Bar Leblon
Vamos entrar
Não tenho tempo
O que é que houve?
O que é que há...
O que é que houve meu amor,
Você cortou os seus cabelos...
Foi a tesoura do desejo,
Desejo mesmo de mudar...

Acho que era assim, a Tesoura do Desejo,
do Alceu.










terça-feira, julho 23, 2002






Pros cat amigos, uma foto de Boubat.







Eu nunca fui muito chegada em desenhos animados, nem quando criança – tirando Cinderela, é claro...
Fe adora anime. Tem uns 50 giga de anime, fala, dorme, come e respira anime.
Confesso que nunca me animei (argh!) em "achar ótimo!", ele ficar ligado num desenho de estética esquisita
(e ideologia idem) com japonês de olho americano.
Hoje ele estava no computer, me chamou pra ouvir uma música do Megadeath,
na verdade era um anime music video, que conta, resumidamente, a estória do Rurouni Kenshin,
mais conhecido como Samurai X.

Chapei!
Pra quem quiser ver chama-se The Definition of Trust.

São 45 megas e o download aqui.




O Kum Nye é um suave sistema de tratamento de reequilíbrio do ser humano.
Introduzido por Tarthang Tulku no Ocidente, tem suas raízes nas práticas da medicina, filosofia e psicologia tibetanas.
O Kum Nye vitaliza o corpo, a mente o os sentidos por meio de exercícios de movimento lento, respiração e automasssagem. A prática nos possibilita aliviar tensões e transformar padrões negativos, ajudando a reconquistar o prazer e a apreciação da vida.

Sobre o Nyingma informações aqui.

Kum Nye no Rio 21 2527 9388.

Um dos sites do Nyingma.



segunda-feira, julho 22, 2002










Para Meg.




Planejamento da Semana : )











Não. Eu sou completamente brasileira e me orgulho disso.
Não chego a ser ufanista mas sou metida pacas.
Deve ser alguma antepassada aê...



Papo de Maluco I


Quando perco a calma eu falo com sotaque.
Agora imagina a cena: mesa de negociação o cara só levanta mesquinharia;
na minha hora de argumentar quem fala é uma francesa louca.

Aí cabeaux...













Papo de Maluco II


Ela vê cores nas coisas.
Até aí tudo bem; músicos vêem cores nas notas e não é a toa que pessoas ficam verdes de inveja ou brancas de medo ou etc.

Mas essa mulher, sai do lugar comum:

Mulheres grávidas tem um arco amarelo na barriga.
A linha do tempo começa rubra e termina prateada.
Pessoas como ela ficam com as cores misturadas.
Corra de pessoa ou objeto que seja preto esverdeado, eles roubam sua vida.
Crianças felizes falam dourado
O numero oito é o azul.
Quando a sua vida vai mudar, esse negócio ai em cima da sua cabeça começa a ficar vermelho...
... ... ...

Que atire a primeira pedra quem nunca sentiu esse negócio vermelho aí, em cima da sua cabeça : ))





domingo, julho 21, 2002









“Espere o melhor, prepare-se para o pior e receba o que vier”

Provérbio chinês















domingo legal : )












Quero:



Mapa do Maravilhoso do Rio
Beatriz Jaguaribe
Sextante Artes










...”No tempo real só existem duas possibilidades: que este se prolongue para trás, no passado, para sempre, ou que tenha um princípio.
Pode-se então imaginar uma linha que vá do Big Bang ao Big Crunch, o colapso final do universo.
Mas também pode-se considerar outro sentido do tempo, em ângulo reto ao tempo real.
É a chamada direção imaginária.
Não há porque haver uma singularidade que constitua um começo ou fim para o Universo: o espaço não seria criado nem destruído.
Talvez o tempo imaginário seja o autêntico tempo real e o que chamamos tempo real seja um produto de nossa imaginação...” Stefhen Hawking.

...”O universo então que se obtém é de estarrecedora simplicidade.
Sem começo, sem fim, sem singularidades e sem limites espaciais: é um universo circunavegável...
... ”eis a idéia de Hawking: o tempo “real” é o tempo imaginário.
O tempo que não é imaginário é simples aparência e reflete nossos hábitos milenares, dissociados de análise em escala cosmologica.
Desaparecem as singularidades e desaparece a inevitabilidade do começo do universo e do começo do tempo.”... Henrique Fleming.

A física está muito próxima da poesia.

É isso.









sábado, julho 20, 2002

























Wumanity









Fui passear na web. Conheci Bonnard.

Não. Existe mais uma coisa do Leblon.

A salada que eu jantei agora, é receita do Gula:

Unte uma travessa com um fio - menos que pouco - de azeite, só pra dar o aroma.
Corte o palmito em rodelas de cerca de 2 cm.
Distribua numa travessa e salpique passas – eu prefiro as brancas.
Faça um creme na proporção de 1xícara de creme de leite para uma de maionese – melhor gourmet light – em quantidade que dê para cobrir todo o palmito.
Salpique por ultimo queijo parmesão (ralado naquele mais grosso, onde a gente rala o coco) - eu prefiro fresco que não briga com o palmito. Leve pra gelar só um pouquinho.
Pronto.
Agora é só ficar feliz.
Se você servir com um vinho branco, dá até pra cantar um pouquinho: )




E chega de Leblon ! Já deu!






sexta-feira, julho 19, 2002





Dudi


O legal de morar no Leblon não era porque era O Leblon, ou melhor, era também.

É gostoso morar num bairro charmoso. O Leblon sempre teve esse clima low profile.
È cheio de gente bonita e artistas em profusão, enfim é curtido; nada que comprometa ou nos desvie do caminho do bem mas: tira-se uma onda....: )
Além do que, tudo chega primeiro por lá, não é ?
É bom ter facilidades, é bom ter conforto, é bom ter qualidade de vida. Seja onde for.
O bairro é relativamente pequeno e, entre o Dois Irmãos e o Jardim de Alah, todo mundo meio que se conhece.
Existe um clima de familiaridade. As pessoas se cumprimentam, estão acessíveis ao cumprimento.

Sempre me senti completamente segura no Leblon.
Eu só levei duas duras – humpf..que vantagem... - em 11 anos.
Uma vez eu senti os meninos atrás de mim. Dei meia volta e quando um deles me viu disse: - sai fora que a tia é da área..mané, e me deixaram em paz.
A outra, estava esperando um táxi e um cara chegou todo agressivo - nossa, foi horrível - mas em 10 segundos, tinha o cara do bicho, todos os motoristas e cobradores do ponto final do 438, mais o dono do Escondidinho no pescoço dele.: )

Até hoje quando vou lá, tem sempre alguém que fala comigo.
Coisas como: Oooh, dona Angela..., Cadê a senhora... ?, Tá sumida, hein...? Mudô...?
Há 9 anos.

É pra gostar, né não?









Tá bom. O Celeiro continua lá; eu vi inaugurar.O Balada continua lá. E tem o Ataulfo. E agora tem o Garcia e Rodrigues- agora é maneira de falar- e tem o Mil Frutas na Dias, (que a gente ia a pé pela Lagoa até a loja do Jardim Botânico. Ui! sorvete de pitanga...)
Me viram, viram minha barriga e depois viram o Fe no BB Lanches, que ainda esta lá. E tem o Bibi : )
Tem o Etore e o Gula – ai que saudades- o Gula continua.
Tem o Bracarence firme e forte e blz. E fizeram a reforma total do bairro.
E tem o Ateliê. E a Argumento. E o Japonês.
E o japonês, continua? Lembra? “Vamo’ fazer um japonês?” hehehe
Tá. Ficou melhor, é verdade.










180 Leblon.

















Tô velha
Ou então meu timming pra vida é lento.
Ou então eu tô velha e meu timming pra vida é lento.
As coisas acabam rápido demais. Que chateação...
Tava me lembrando quando eu morava no Leblon; acordava de manhã cedinho e ia até a Dias Ferreira comprar frutas no seu Turco. Seu Turco acabou. Quando estava atrasada, comprava alguma coisinha rápida na Dibraco, que acabou.
Pra jantar tinha polvo do Bozó que acabou. O Bozó! Instituição! acabou. E o RA? Paella de sábado no RA? Já era.
Remédio? Piauí que continua farmácia mas é outra.
A banca da Piauí também mudou de dono. Crepe no Gordon? Acabou. Setenta por cento dos meus livros comprei na Taurus. A Taurus acabou há muito tempo.
Cruzes!
Como é que é o nome daquele floral pra quem vive no passado, hein?



Achei no Mundo Perfeito

Um achado! Achadão total! : )

quinta-feira, julho 18, 2002



Para quem quer, como eu, chegar aos 120 anos linda e fabulosa :}, sugiro o www.walford.com
O site é rico em informações e ferramentas. O banco de dados é importante referência nos meios científicos.
Peso igual tem o nutrient search.

A única coisa chatinha e aborrecidinha é a subnutrição que ele propõe...
Mas, noves fora algum desgaste, me fascina a idéia de estar viva em 2057 ou 2067 ou...: )









quarta-feira, julho 17, 2002





Apesar de seguir o princípio zen budista: poste e deixe postar, gostaria de avisar que depois que publico um post, eu mudo ele umas 35 vezes. Ás vezes mais.
Por alguma razão misteriosa, só consigo ver que o texto não faz o menor sentido, quando eu o vejo publicado aqui, bonitinho.
A idéia central permanece, mas mudo pontuação, ordem, parágrafo, sinônimo adjetivo.
Talvez seja a falta de costume de escrever, pode ser uma tendência de caráter.
O tempo dirá. : )

Só pensei em prevenir aos possiveis outros leitores deste blog, pois, não obstante estar muito emocionada em receber o meu primeiro e-mail ofensivo, queria dizer que não adianta brigar comigo, não pretendo mudar. Só o texto.
E, a despeito da cobrança (!!) por uma postura ética(?) literária (??) e o tom de desprezo pela minha conduta farsante (!!!), fico feliz em saber que alguém me lê desde o inicio, para notar as diferenças no texto. Thanks.

Agora sem ironia: toda a minha compreensão, simpatia, e solidariedade à você,
que precisa de cercas onde o caminho é livre.










***




Encontrei esse site muito simpático sobre o Rio.
Engraçado ver alguém falando em brazilian biquini, fazendo yummy, yummy pras comidinhas do Ataulfo, hehehe...
Fora a fascinação com os chuchus e maxixes e manioc roof e doce de laranja da terra.: )


Enjoy.



***

Descobri os gifs.









De minha ultima patroa:

“É, tá bonito, mas tem muita coisa pra ler... Eu não sou de ler muito não... Eu sou mais de ver.”





Imagem











é










tudo.












Nessa ordem.












terça-feira, julho 16, 2002



Continua frio por aqui, mas o tempo abriu e está uma noite linda.
Me lembrei do ano passado, nessa mesma época, quando conheci os blogs.
Me deu saudades do Evasão de Privacidade.
Fazia um roteiro no final da noite, quando todos já estavam dormindo; o frio era o mesmo. E era blogs, café e icq.

Era comum eu terminar minhas visitas pelo Evasão, completamente desconcertada ou, invariavelmente dando risada. Não que o que ele escrevesse fosse engraçado, no sentido engraçado da palavra; não. E muita coisa do que ele escreveu não tem graça nenhuma.
Era cru, era desmascaramento. Ás vezes eu ria de choque.
O computer fica no quarto do Fe e ele sempre acordava : “ohm, mãe... ... lê outra hora... ... ... ... ... quê ‘cê tá rindo...?
Ele acabava rindo junto: -“mãe, esse cara é muito maaau... Como é que você gosta dele?... ... Posso ser igual?" hehehehe – me sinto realizada em ser a- mãe- que- conversa- com-o-filho, às 2 da manhã . (Querendo ou não, Evasão também é família) : )

O fato é que ele acabou com o blog – não sem meus protestos, que apelava em mails de uma pieguice inominável: -“Oh! Por favor não pare, escrever é seu poder...(!!) no que ele me respondia: -” Essa é a ultima semana.” -“Oh, não não, que perda..voce é importante para nós, escreva mais um pouco.” ... -“Esse é meu ultimo post.”

O cara é sadico, há de ser ótimo advogado: )

A página continua lá, com um link pra arquivo que não abre por nada.
Espero que um dia ele volte - por enquanto só no Spamzine - mas, se isso não acontecer, pelo menos eu tenho algumas lembranças do Evasão, dessas roubadas descaradas que a gente dá nos blogs, exemplo:


"COMPLICAÇÃO FEMININA: você precisa saber evitar


Uma coisa que irrita: garotas que se acham super subjetivas. Clarices Lispectors em miniatura. Poetisas do Eu Profundo. Qualquer mulher que faça referência a sangue, corte, carne, ou a essa palavra absolutamente canhestra - 'desejo'. Confira o diálogo.

Repórter do Evasão (no bar): oi, qual seu nome?
Garota Subjetiva: meu Eu, meu Tudo que se arranha em carne, em sangue, em pele, no desejo de extrapolar os limites.
Evasão: mas -
Garota Subjetiva: (interrompendo) que eu sou santa, sou puta, sou todas e sou ninguém, sou a freira de mim mesma, sou amiga e sou mulher, sou sexo, volúpia e crueza; sou Desejo e sou Afeto.
Evasão: Hum hum.

A vida é tão simples. Sexo é quase uma questão de física clássica. Movimento pendular. Aceleração. Pistão. A relação entre dois seres humanos de sexos opostos é boçalmente clara. Um quer dar, outro quer comer. E depois quer companhia. E depois acaba.

Quando você encontrar uma Garota Subjetiva, siga este conselho: alopre também. Observe o exemplo.

(continuação do diálogo)
GS: então eu me rasgo, me arranho, me como e me perco -
Evasão: (interrupção) e eu me quebro, me esgano, me corto em pó e depois me cheiro, sou pênis e sou poeta, sou Mengão pentacampeão, sou legal como o Picapau, sou Eros e sou Shangrilá, sou uma pedra, rio, furacão e pirulito Bolete, e por falar em Bolete -

É por aí.

23/09/2001 19:52


***

Grupo de neo-pagode. Trecho de letra: 'você reclama do meu apogeu'. E depois dizem que a cultura popular brasileira nunca mais teve momentos de genialidade.

***

Evasão. Não reclama do seu apogeu.

***
10/12/2001 10:51

***

FELIZ NATAL:


À meia-noite, feche os olhos, reserve um momento de silêncio e agradeça às corporações transnacionais por terem criado o mundo.


24/12/2001 19:22


***

Mais Evasão:




Tem coisa mais idiota do quem se diz ‘artista’?, não tem.

As pessoas deveriam cultivar um mínimo de decência. Compostura. Discrição.

Cuidado, um poeta se esconde atrás do seu amigo bêbado.

AMIGO: O amor amargo o mar -
REPÓRTER DO EVASÃO: Por favor, estão olhando.
AMIGO: E o olho olha o bule bole -

Pior ainda são os artistas de teatro. Opressivamente extrovertidos.

ARTISTA DE TEATRO: Beleza? Estou sentindo uma vibração positiva, uma energia zen, é isso?
VOCÊ: Não, não é.
ARTISTA: Você precisa se soltar, sentir o Olho Cósmico do Mundo, entrar na Respiração da Mãe Terra, mexer os braços, assim, mexer, mexer, uma coisa orgásmica, sabe?
VOCÊ: Sei.

Incrível que esses artistas acabarão como caixas de banco. E vão namorar garotas chamadas – claro – Vera Lúcia, e, com trinta anos, comprarão uma casa no Encantado.

É a sua chance de se vingar.

Na agência do Bamerindus.

CAIXA DE BANCO: Carnê-leão, IPTU, canhoto. (Plect, ziip, rubrica, rubrica). Mais alguma coisa?
VOCÊ: E o olho, olha? E o bule – bole?

Afaste-se rápido. Você fez a maldade do dia."


24/09/2001 20:36





segunda-feira, julho 15, 2002





16 graus no Rio é neve. Aqui em Pendô, tô me sentindo um picolé...


oops! O problema no template, deu problema no blogchalk!
Tentando de novo!


Google! DayPop! This is my blogchalk: Portuguese, Brazil, Niteroi, Pendotiba, Angela, Female, 41-45!

sábado, julho 13, 2002







pandelê de pandepi
est de taper taper
rouge, pandelê de
pandepi est de taper
taper gris.


Valeu, Nancy! : )
Sintonia da web:

Peguei na Cora que recebeu da Meg.


Os Justos

Um homem que cultiva seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra exista música
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que em um café do Sur jogam um silencioso xadrez.

O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.

Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que afaga um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram
O que agradece que na terra exista Stevenson
O que prefere que os outros estejam certos.

Essas pessoas, que se desconhecem, estão salvando o mundo.

Jorge Luiz Borges



Das Séries:


Palavras que Me Fazem Rir:

Impactante. Emblemática.





História da Civilização Ocidental:

"Ganha quem morrer com mais brinquedos."






Minhas Frases Preferidas:


"A base de todo fundamentalismo é uma crise nervosa."





Inteligência Universal:


"Se voce morrer, voce perderá uma grande parte de sua vida"
Brooke Shields, campanha contra o fumo.





Gente que Faz:

Então...






quinta-feira, julho 11, 2002








Boa Noite















Comecei o blog e tô meio sem assunto. Não é sem assunto, deu blok.
As coisas estão meio pendentes por aqui.
Deu branco.
Tenho coisas pra dizer mas não sei por onde começar.
Não sei o que está mais importante pra mim, no meio desse monte de coisas pra acontecer.
Dei uma olhada por aí, e por um motivo ou outro está todo mundo meio sem assunto também...

Heee, eu tô em sintonia com a web...:)

ps Tudo meio neutro tirando a REVOLUÇÂO que o Blogchalking está fazendo na web!
Maior orgulho Daniel !!! :)
Brasil.sil sil sil...







Nancy, eu moro aqui.

E você?

Dica do Wowblog.







segunda-feira, julho 08, 2002









Ueeba!


Peguei no Dudi.NO: )






Tenho amigos que mistificam a sintonia. Parece coisa que só se conhece em estado de contemplação, coisa que, para acontecer, precisa ser abordada de forma grave, por se estar na presença de algo intangível, de alguma coisa fora de nós, na presença de um deus que não se explica nem se alcança. Uma complicação.
Mesmo conhecendo os blogs há pouco tempo, sei que essa posição cairia por terra se eles navegassem por aí, por algumas horas. (Ou então surtavam de vez e, na sequência, acendiam umas velas no monitor hehehehe...:pra quem faz OOmmmmm pra escova de dentes, isso é normal...mas isso é outro post.)

Aqui, sintonia é coisa tão natural, acontece todo dia. Gente que não se conhece, que nem se linka, que não sabe que o outro existe, mas que pensa as mesmas coisas, faz as mesmas perguntas, começa a ir pelo mesmo caminho, no mesmo tempo.
Pra quem estava de fora, como eu, ver acontecer era pura diversão. Começar a participar é um delícia. Um exemplo simples é o de hoje.
Ontem, passei o dia in-tei-ri-nho pensando no Fernando Pedreira. Sei lá porque.
Fiquei lembrando de um artigo dele, que foi motivo de aula, varias discussões e horas de papo furado.
Papo furado do bom, diga-se de passagem. E foi tanta lembrança que eu resolvi procurar o artigo pra colocar no blog. Pra ter perto, quando quisesse ler de novo.
Hoje, quando eu entrei nos blogs, quem é que estava na Cora?
Ele mesmo. Muito legal!

Então, aí vai o artigo dele que eu gosto muito e que durante algum tempo da minha vida foi explicação pra tudo.: )
Aqui.



sábado, julho 06, 2002


Já dormi numa casa da arvore.
Já beijei vários atores mas nunca na boca.
Já namorei um francês. Já namorei um italiano.
Nunca fui expulsa da escola. Mas fui suspensa.
Já mastiguei hóstia pra ver se era verdade que saía o sangue do Deus.
Já roubei nas Lojas Americanas. Parei. Era muito boa.
Já dancei, mambo, valsa.
Nunca consegui sambar.
Nunca abortei.
Já sentei ao lado do Sting.
Já dormi no colo de um desconhecido.
Já senti desejo e ternura pela mesma pessoa.
Já andei de helicóptero com um tio louco, que pousava como se fosse avião.
Já fiquei três minutos e cinqüenta e oito segundos sem respirar.
Já ajudei a construir um veleiro.
Já participei de um filme.
Já beijei um sapo pra ver se virava príncipe.
Nunca comi caviar ou escargot e jamais comerei.
Acampei. Muito. Mas nunca consegui montar barraca sozinha.
A primeira vez que entrei no mar tinha seis meses, soube nadar desde sempre, sempre amei o mar.
Já tive um jardim secreto.
Já tive um pomar.
Já tive um filho.
Já caí de moto e me ralei todinha.
Já tive uma casa.
Já saí do meu corpo.
Aprendi a dirigir com um piloto.
Já guiei num autodromo. Já fiz a serra de Petropolis no talo, desgarrando no precipício.
Já fiquei pendurada num precipício.
Já caí de um precipício.
Nunca saí do Brasil mas conheço algumas cidades do mundo como a palma da minha mão.
Já li meu destino nas mãos, nos astros, na areia, nas cartas, nas pedras, nos olhos, na aura, na alma, no passado e no futuro; nunca o presente.
Já fiquei cinquenta e três dias sem sair de casa.
Nunca ganhei em jogo.
Já engordei quarenta e dois quilos.
Conheci seis pessoas que cometeram suicídio.
Uma delas era poeta e dias antes comprou meu carro.
Outra foi meu tio.
Um era meu amigo.
Um era filho de um.
Um por vazio.
Um por amor.
Já tive um acesso de riso num velório.
Já tive um acesso de riso numa peça do Geraldo Tomás.
Já tive um acesso de riso na cama.
Já tive olho no olho com uma onça pintada.
Aliás, no quesito natureza, já corri de jacaré, já fui abraçada por urso, já fui perseguida por coruja, já fiquei agarrada às cordas do píer enquanto passava o tornado.
Já caí do cavalo.
Nos verões da minha infância nadei com golfinhos.
Jamais imaginei que fosse precisar ir tantas vezes a uma delegacia.
Já perdi a oportunidade de ficar calada.
Já chorei por compaixão.
Já ri de desprezo.
Já me achei o máximo.
Já me achei o fim do mundo.
Já me achei.
Acabo me perdendo de novo porque o mundo não pára pra gente ficar se achando. A gente vai.
E nesse indo, no momento, seja isso, o melhor da minha festa: ir me lembrando pelo caminho, como agora.

Pro Jogo do Currículo da Marina

quinta-feira, julho 04, 2002

Dalai Lama





Essa é a foto que eu mais gosto de Sua Santidade Dalai Lama.
Foi feita por Koo Stark, que antes de se tornar fotografa era atriz de filmes eróticos.