segunda-feira, julho 18, 2005



Ontem, maior calor, sorvete, Leblon, pizza, Baixo Gávea.
Hoje, agora, 16 graus e chove em Pendotiba. 'Tá frio aqui viu?
Mas segunda feira, trabalho acumulado, melhor chovendo.
Chá quentinho, computador ligado e vamos nós e não vamos sós.
Bom dia galera :)

sábado, julho 16, 2005







Vou ali tomar sorvete e já volto.



Que bacaninha.



Um amigo me diz pra ler Nuno Cobra, Semente da Vitória.
Primeira coisa que leio é que o cerebro da gente é burro e
isso conta a nosso favor, exemplo:

"A Ana Mesquita, uma menina que foi fazer a travessia do Canal da Mancha,
chegava na metade do percurso e dizia: ?Puxa! Ainda falta a metade!?
Eu troquei o ainda pelo só. Ou seja, só falta metade; cada metrinho que você
fez é um metro a menos. Outra coisa que disse pra ela: ?A Terra não é redonda?
Depois da metade você vai começar a nadar pra baixo.? O fato é que ela chegou
na metade e começou a nadar rapidamente; quando atravessou mais da metade
do canal, havia uma corrente. Ela nunca poderia atravessá-la, mas conseguiu!
Porque achou que estava nadando pra baixo."

Ai.



...?No tempo real só existem duas possibilidades: que este se prolongue para trás,
no passado, para sempre, ou que tenha um princípio. Pode-se então imaginar uma
linha que vá do Big Bang ao Big Crunch, o colapso final do universo. Mas também
pode-se considerar outro sentido do tempo, em ângulo reto ao tempo real. É a
chamada direção imaginária. Não há porque haver uma singularidade que constitua
um começo ou fim para o Universo: o espaço não seria criado nem destruído.
Talvez o tempo imaginário seja o autêntico tempo real e o que chamamos tempo
real seja um produto de nossa imaginação...? Stefhen Hawking. ...

?O universo então que se obtém é de estarrecedora simplicidade. Sem começo,
sem fim, sem singularidades e sem limites espaciais: é um universo circunavegável......
?eis a idéia de Hawking: o tempo ?real? é o tempo imaginário. O tempo que não é
imaginário é simples aparência e reflete nossos hábitos milenares, dissociados de
análise em escala cosmologica. Desaparecem as singularidades e desaparece a
inevitabilidade do começo do universo e do começo do tempo.?... Henrique Fleming.

A física está muito próxima da poesia.

terça-feira, julho 12, 2005



1) Qual o seu filme favorito?
Favorito de todos os tempos, Sinfonia de Paris
Favorito dos últimos tempos, O Paciente Ingles.

2) Qual o último DVD que você comprou?
O Fantasma da Òpera, pra dar de presente.

3) Quais os 5 últimos filmes que você viu?
Kill Bill, Closer, Supremacia Bourne, The Aviator, Finding Neverland.

4) Qual o melhor filme brasileiro de todos os tempos?
Eu lembro até hoje de Todas as Mulheres do Mundo

5) Qual o seu diretor/ator/atriz e o seu gênero favoritos?
Diretor: Truffaut
Ator: Ator de verdade Michael Caine ou Michael Keaton, vê que coisa a atuação
dele em Muito Barulho por Nada, e o ator bonitissimo Clive Owen, e Brad Pitt e
naturalmente Richard Gere :)
Atriz: Eu gosto da Juliette Binoche e da Kate Winslet.
Gênero: Só não gosto de terror.


Marina, querida, W, passou pra mim, eu passo para Nando, Sheila, Vic Samp,
Claudia, Stickel e Bulinha.



Stay Hungry. Stay Foolish.

sábado, julho 09, 2005





Steve Pike

Give me love, give me love, give me peace on earth. Give me light, give me life,
keep me free from birth Give me hope, help me cope, with this heavy load.
Trying to, touch and reach you with, heart and soul OM, My Lord . . . please,
take hold of my hand, that I might understand you, won't you please, oh won't you
Give me love, give me love, give me peace on earth. Give me light, give me life,
keep me free from birth Give me hope, help me cope, with this heavy load. Trying to,
touch and reach you with, heart and soul OM, My Lord . . .please, take hold of my
hand, that I might understand you

George Harrison.1973.
Give Me Love (Give Me Peace On Earth)



Enquanto ouço noticias sobre as explosões em Londres, leio o blog do Flip e penso na África.
Penso em todos os shows do U2 e em todas as ações, em todos esses anos do Bob Geldof.
Penso em pessoas como ele. Tento fazer mentalmente, uma lista de pessoas que querem a
humanidade, que não são felizes se o outro não estiver feliz, enquanto isso, digito uma pesquisa
sobre Assédio Moral. Penso na música do Caetano. O Haiti é aqui. O Haiti está no mundo inteiro.
Acho que agosto chegou em julho. Olho em volta e o panorama me parece o de um borderline.
Mas o blog do Flip e a gravidez da Angelina Jolie chamam a minha atenção, e Ronaldinho e a
importante questão de como ele vai fazer agora com aquela tatuagem no punho e a final
da Libertadores da América chamam a minha atenção também. Libertadores. Marcos Valério
também chama a minha atenção. A gente lida com Marcos Valérios o tempo todo e se dá conta,
muito exatamente, quando vê um, assim, pela televisão. Deles, não se pode nem admirar a
canalhice porque é pequena. Devem ter decorado alguma versão muito mal traduzida de
Fausto ou de O Príncipe e aí ficaram assim. Também vejo o jogo de volei novamente, como
na semana passada. Por enquanto está dois Brasil e um Cuba. Um jogo de volei do Brasil pode
curar. Às vezes é o cotidiano que salva a sua alma. Ou a banalidade de tudo diante de
grandes tragédias. A banalidade salva. Trata-se de usar o ruim em favor do bem. Tenho lido
matéria pesada, coisas sobre crueldade e covardia, sobre o poder e sobre lidar com
situações de profunda maldade, sobre motivações vis, sobre corações empedernidos e leis
que não funcionam. Talvez fosse melhor passar o dia lendo Baudelaire. Talvez fosse melhor
não comentar isso no blog. Deixar escrito sobre coisas que não funcionam, registrar lamentos,
falar sobre estar sofrendo. Todo mundo sabe, eu não acredito nisso. Mas afinal, sempre recebo
respostas que me fazem acreditar no poder da oração. Sempre volto ao ponto final: por mais
que as coisas fiquem horríveis, por mais que tudo se mostre duro e seco, tem mesmo aquela
delicia interna e por natureza, logo mais, a minha vida estará rindo novamente. Mas hoje...
Lembra daquele filme em que os cinco irmãozinhos enfrentam o vento, o frio, a neve congelante,
para buscar o médico, a pé, pela nevasca, por quilômetros de distância, para sua mãezinha
que está agonizante na cabana fria junto com a irmãzinha paralítica, mas que não adianta nada
por que, quando eles chegam, depois de passar horas tentando desatolar a charrete do
médico, a mãe já está mortinha e os irmãozinhos acabam divididos e separados pra sempre,
na casa de madrastas cruéis e a ultima noticia que eles recebem um do outro é que a
irmãzinha paralítica morreu de tuberculose, lembra? Hoje é dia.

quinta-feira, julho 07, 2005



Toda vida tem replays?



Gosto de pessoas que vivem através de seu trabalho, que trabalham pelo exercício de
melhorar, gente que primeiro é humano, depois é identidade social: gente que aparece
pelo seu trabalho. Gente que não quer ser maior que seu ofício. Gosto de acreditar em
generosidade, gosto de acreditar que existem pessoas encorajadoras, que estão aí
para construir, elevar, facilitar, apoiar, servir de continente, que formam uma rede de
segurança pra não deixar a humanidade cair no abismo.Gosto de acreditar na
universalidade da vida, gosto de acreditar em sincronia, sintonia, o padrão que liga,
olhares refletidos, harmonia, reverberação, transformação, evolução. Gosto de
acreditar em empatia, simpatia, inteireza, desprendimento, simplicidade, inspiração,
entusiasmo, benevolência, confiança, serenidade, imaginação criativa.



"Certa manhã acordei e decidi olhar pela janela, para ver onde estávamos.
Estavamos sobrevoando a América e, de súbito, vi neve, a primeira neve que
víamos em órbita. Luz e pó, a neve se confundia com os contornos da Terra,
com o veio dos rios. Pensei: outono, neve ? as pessoas estão se preparando
para o inverno. Alguns minutos depois, sobrevoávamos o Atlântico, depois a
Europa e, então a Rússia. Eu jamais visitara a América, mas imaginei que a
chegada do outono e do inverno é a mesma, tanto lá como em outros lugares,
e o processo de se preparar para eles é o mesmo. Então percebi, de repente
que somos todos filhos da nossa Terra. Não importa o pais para o qual olhemos.
Somos todos filhos da Terra e devemos trata-la como a nossa Mãe."

Cosmonauta Soviético Aleksandr Aleksandrov em The Home Planet



Pena isso tudo. Nâo sei como lidar com essas coisas, acreditar mesmo,
convictamente na honestidade de intenções de religiões ou partidos
sempre me pareceu uma perda de tempo fenomenal. Acaba que a falsidade
nunca é surpresa, só constatação. Melhor ficar distante ou trabalhar em outra
direção. Vou voltar pro meu lance, pro meu lugar, é ainda lá, que eu hei de ouvir...