segunda-feira, agosto 29, 2005







Do Afrodite:

Bordo, costuro, tricoto, crocheteio, não pinto nem desenho, danço
conforme a música, canto quando tenho vontade, não toco nada e
nem toda arte me apaixona. Não fotografo e não entendo, nem teoria.
Adoro ler, amo tecnologia mas sou fã do olho no olho. Louca por
sabores e sensações - sou libra com muito escorpião. Tenho um
senso de preservação chatíssimo, chega a doer. Gosto de animais e
plantas, de gente também. Cabelos e peso dependem de fase, sempre
sorrindo por fora, pouca gente me enxerga por dentro. Boa de garfo,
faca e fogão. No bolso, nunca dinheiro, pouco conselho. Amo menos
do que posso, não faço calos, mas se pisar no meu pé, fujo do tumulto.
Gosto de chuva, de verão, de noite, de lugares que não conheci.
Vivo no Rio, a vida também aborrece. Devo, não nego e to sempre
pagando. Adoro colecionar gatos - inanimados -, se for de presente,
melhor. Recebo mais do que dou. Cobro boa educação.
Às vezes, mordo.

Agora eu:

Não bordo, adoro costura, pinto mas não desenho, danço o tempo
todo, canto quando a barra pesa muito, pra fluidificar o ambiente,
o que significa que nos dias de hoje, vivo cantando da hora em que
acordo até a hora que vou dormir e ás vezes dormindo também,
não toco nada mas não vivo sem músicos por perto, e nem
toda a arte me apaixona. Sou uma fotógrafa sem camera, amo
fotografia, amo. Só leio quando preciso, gosto mais de ver, amo
tecnologia, sou fã de cartas e olho no olho pra mim é o que define.
Louca por sons e intuições - sou peixes mas com muito de leão na
area, tenho um senso de contra-senso absurdo, que chega a doer.
Nasci estrangeira. Gosto infinitamente mais de gente do que
de plantas e animais. Cabelos mais para compridos e peso é
minha maior procastinação. Boa de garfo, faca, colher, prato,
gosto da cozinha porque ela aproxima as pessoas mas não sei
cozinhar de fato, só imito e disfarço. No bolso, só sonhos, vivo
dando conselhos que nunca sigo. Amo o máximo que posso,
não faço calos, mas se pisar no meu pé, fico pra resolver até o fim.
Gosto de chuva, de outono, da hora antes do amanhecer, de lugares
que não conheci e de sonhar. Vivo em Niterói, e a vida é inevitável.
Devo, não nego e queria muito pagar. Tenho dificuldade em receber.
Adoro delicadeza e se tiver que morder eu mordo mas só em último caso.

E você?



Hoje é aniversário da LuNy, da Quel, da Frô e dA mãe também.
Barbara está entrando nos 82 e, do jeito que ela produz, não é todo mundo.

Parabéns para todas, muitas felicidades e muitos anos de vida :)

domingo, agosto 28, 2005






Sabe a moda nova? Culinária afetiva. Vi na tv.
É certo. Está tudo táo fusion que, ás vezes a gente vai
se refugiar nos gostos da infância. O sabor e a memória
Ando doida por arroz-doce.



domingo, 8:15 sol de verão, acordei com meu novo vizinho ouvindo pro mundo inteiro,
the closer i get to you.Roberta Flack, fui lançada num túnel de tempo que me levou pra
Cabo Frio, a efervescência de Búzios, Ipanema, feira hippie, cigarros Hollywood, biquini
de crochet, bug e pranchas de surf, pulseirinhas indianas e notícias de Salvador, quem
viveu os 70 sabe. Depois eu dormi novamente e então sonhei.

Som tem poder.

sexta-feira, agosto 26, 2005





An Altered Journal Journey



Gosto de palavras como sagrado, secreto, floresta, jardim.
Jardim Secreto. Floresta Sagrada.
Uma vez conheci um homem, um russo, da Ucrânia. Ele veio para o Brasil naquela onda
de Uri Geller, funciona!, parapsicologia e psicotrônica. Ele me dizia que o que a gente
gosta hoje, é lembrança de outras vidas ou o acúmulo de tudo o que veio atrás de nós.
Ele praticava hipnose. Era um entusiasta, e, da dor de cabeça a paranóia, achava que
tudo podia ser resolvido com uma sessãozinha de hipnose básica. Ele tinha uma maneira de
olhar como se quisesse atravessar você, e dizia, -.." da hipnose nin-guém escapa.." com
aquela voz carcterística de quem não escapa da hipnose.
Ele nunca conseguiu me hipnotizar, eu ficava constrangida com isso, tinham tanta esperança
que ele me curasse e, pra não estragar tanta esperança, eu fingia pra ele que ele conseguia;
até hoje sinto muita ternura por ele, aquele homem tão onipotente nas suas convicções que
não conseguia enxergar o que estava bem diante de seus olhos, mas que afinal, só queria o bem;
Angela, a moeda está ficando quente na sua maão,,,, queeente, maais queeente... e eu, fazia
cara de dor. Muito tempo depois eu não conseguia parar de rir naquele comercial, do chocolatinho
sabe? Compre Batoooomm, compre Batooom...uma coisa.
Anyway, achava legal as histórias que ele me contava, coisas misteriosas de um mundo
distante. Ele mesmo era quase uma personagem igual: imagine, um russo, que morava num
castelo, no Rio de Janeiro, que praticava hipnose, e contava histórias de quando ele era
escravo do imperador da China.
Eu gosto de jardins secretos, ja fiz um nessa vida. Ficava atrás de um portão antigo numa
chácara por muito tempo abandonda na rua Miguel de Frias, em Icaraí, Niterói; e eu tinha
a nitida sensação de arrumar meu jardim da forma como eu me "lembrava" dele. Provavelmente
devo ter vivido em um outro jardim, em algum tempo imginário,
Lembrei de um congresso de Letras(!) vê se pode, eu e Letras, nada a ver, mas foi onde
conheci Nélida Pinon e ouvi dela coisa parecida. Ela dizia que sentia uma espécie
de assentimento e de sentido com coisas que não conhecia de fato, mas que ela sabia
fazerem parte dela. Ela via caminhos de pedras, vinhedos e lugares onde ela nunca tinha ido
e que depois teve a confirmação, quando fez uma viagem pra Espanha, se não me engano.
Deve ser como essa familiaridade que eu sinto com florestas onde eu nunca estive mas que
eu sei que estão por aí no mundo, em algum lugar.
Reencarnação, herança cultural, inconsciente coletivo, aquela coisa do córtex, atavismo,
o que for, parece que a gente faz parte de certos graus realidade que não conhece. Aquela
história da nossa vã filosofia. Conversei sobre isso com o Eric meu amigo de skype e ele
me disse que tem certeza de que o mundo dele tem a ver com o Havaí e erupções vulcanicas,
ele se sente muito á vontade com erupções vulcânicas :) Os meus, são lugares míticos como
a floresta de "A Lenda" ou onde habitam as fadas em "Sonho de Uma Noite de Verão".

Viajandona né?
Vai piorar.

quinta-feira, agosto 25, 2005



Bartleby, grandes livros on line.



Bacana esse blog da Polônia que faz um link pro Fotógrafos.
Linka com o nome de brasilia. Legal.
Sempre visito, quando vou no sitemeter do FB. Agora trouxe pra cá.
A Polônia é fria Eles estão de férias. Ao sol :)



Google Talk.
Bonitinho, fácil, intuitivo. Voltei a falar com pessoas com quem não falava
há muito tempo. Pena que, por enquanto, só pra quem tem Gmail.

Mais um Cristina Carriconde! : ))

terça-feira, agosto 23, 2005



Do que eu conheço no mundo, eu adoro Vermeer. A luz. Não me importo muito com
o tema, mas a luz. Vi ontem um lugar onde eu gostaria de viver pra sempre, e que
além disso, tem uma luz linda, vi nas fotos, é a região da Ligúria. Vi, procurando
pelo molho pesto original, pq faço um aqui, que sempre achei que era pesto, mas que
meu amigo disse que não; pesto leva pinolli e pecorino. Pinolli e pecorino em Pendotiba? Ná.
Sempre fiz com castanha do pará e parmezão, nem ligo, fica ótimo. Meu almoço
hoje foi talharim com molho pesto de Pendotiba. De entrada, uma salada de alface crespa,
agriãozinho novo e tomate seco temperado com azeite e especiarias, feito em casa, depois
tangerina, mas tangerina de verdade, tangerina mesmo, sabe? Quando ainda não existia
polkan? Pois. Depois café purinho extra forte. Agora me diz, quem precisa dessa coisa carne?
Pensa só, que delicia de talharim com molho pesto, hein? Todo aquele aroma de manjericão
fresco, a textura do azeite, os pedacinhos de castanha, o gosto do queijo, a bela pasta em
ninho no centro do prato, me diz, quem precisa de um bicho morto pra acompanhar essas delícias?
Fico pensando nisso. Mas o assunto é outro. Então: a Liguria. A Liguria tem tudo que eu gosto no
mundo, lê aqui e vê, achei um sonho de lugar. Eu me alimentaria de nozes, azeitonas, funghi e
temperinhos em caráter permamente Ainda tem o vinho, o mar azul profundo, o clima
mediterrâneo e as escarpas floridas o ano inteiro. Com certeza devem existir golfinhos,
Dizem também que é lugar de milionário americano, mas deve ter um espacinho pra
mim. Posso ser uma prestadora de serviços para os milionários americanos, fazer comidas pra
eles, comidas brasileiras, ouvir perguntas pitorescas sobre Pelé, Ronaldinho, mulatas,
Copacabana, como eu faria a algum búlgaro, sobre o mais óbvio da Bulgária por exemplo,
de onde eu não conheço nem a música; qual a capital da Bulgária? Não sei. Pelo menos
os americanos sabem que a gente aqui no Rio, mora em Buenos Aires, o presidente
deles ensinou. Posso virar artesã, alguém que tricota sentada na porta da casa,
belos casacos verdes e belos casacos amarelos, ou posso fazer vidros. Artesã de vidros.
Vidros azuis profundos, contas de vidro que virariam colares milionários, faria lindos vidros
de perfumes, perfumes que eu mesma faria, em vidros exclusivos, vidros que combinem
com as cores das uvas, vidros que componham com flores. todas as cores. Posso virar
personagem da cidade, aquela mulher que anda pela cidade, quem será e nunca ninguém
saberá, mas cobraria para posar para fotografias, Toda de branco, como a mulher de
branco de Ipanema. Lugares diferentes, almas iguais. Posso virar uma vidente, já sou
vidente, todas as mães são videntes, toda mulher é vidente. Leria os futuros dos mais
novos, o futuro de alguém nas minhas mãos ao cair da tarde numa varanda branca com
cortinas silenciosas. Dizer coisas a alguém que me ouve com muita atenção. De-me sua mão.
Mas dizer só coisas boas; olhando nos olhos de algum ser humano, olhos boníssimos,
que refletem os vidros postos na mesa. Também posso de lá, trabalhar para um jornal bem
pequeno, do interior do Brasil, do interior do interior, mas que, de tão pequeno, tivesse
a vocação pra falar de outros lugares. E eu inventaria viagens, escreveria sobre lugares
que nunca visitei, viagens que nunca fiz, mas que eles fariam, parados na estação do
trem, qual Pinduca toda a manhã, lendo os sonhos de outra pessoa, tirando os olhos do
papel de vez em quando, para olhar estrelas. Um trem pras estrelas. Tão bom.

Mas Vermeer, que era o post - era a idéia, dar um link pra Vermeer - e, aparentemente
não tem nada a ver com esse meu lance viajandão, voce encontra no blog de Jorge Pontual. Bacana.

segunda-feira, agosto 22, 2005




Dos luxos e privilégios da web:

Não deixe de ler Hot Memories, o privilégio.
Aqui ele é em francês.

O luxo: é tudo verdade.







Neste período que vai de 22/08 (hoje) e 14/09, Angela, o planeta Mercúrio
estará passando pelo seu ascendente e pela sua primeira casa astrológica.
Este é um período de idéias novas, com muitos lampejos de inspiração e
planejamentos que, se bem organizados, se revelarão interessantes e
certeiros. Uma vez que Mercúrio é o representante simbólico da inteligência,
convém utilizar esta fase com a finalidade de buscar soluções criativas para
seus problemas, repensar e planejar melhor suas estratégias.
Nesta fase, Angela, é bem possível que você perceba um impulso natural para falar,
se comunicar, escrever, ler, estudar. É uma fase intelectualmente ativa, mas no
que diz respeito ao dia-a-dia, é bem possível que você venha a perceber este
momento como mais movimentado. Podemos dizer, que esta é uma fase de novos
aprendizados, e a mensagem aqui é clara: abrir a mente garante o êxito.

Êxitos via mail.

Ter amigo astrólogo é um luxo :))


***

Aliás no quesito astrologia, essa semana tem um movimento. Semana passada, a Bai me
deu de presente uma leitura de mapa - que foi surpreendente e revelador - com essa
mulher muito sólida em suas convicções, Marcia Werneck, que tem uma abordagem
espiritualista da astrologia, A Marcia Werneck vai dar palestra sobre a magia
do amor e o planeta Venus, no sábado! Primavera chegando.

Daqui a pouco te mando o folder.

Bom dia : )

quinta-feira, agosto 18, 2005

sábado, agosto 13, 2005





Masatomo Kuriya



Podem dizer o que quiser dele - apesar da antipatia que eu sinto do msn, eu deixo
aberto pq está todo mundo lá e eu sou apaixonada pelo skype, com certeza - mas
meu coração sempre pertencerá ao icq.

segunda-feira, agosto 08, 2005



Recebi uma visita de Moçambique, tão bacana a web;
por falar nisso, a hallo and kusjes to Zwolle, OV, NL's people : )

update Bem-vindinha Alê : )



..."Existem palavras complicadas: enigma, trigonometria, adolescente, casal"....
..."Existem palavras sozinhas: eu, um, apenas, sertão"....
..."Ótimo é uma palavra ótima"....
..."Queijo é uma palavra rato"....
..."Existem palavras imóveis: montanha"....
..."Existem palavras cariocas: Corcovado"....
..."Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma"....

Adriana Falcão.







Anis (Pimpinela anisum)
Planeta: Júpiter
Elemento: Ar
Usado para proteção. Um travesseiro feito com anis, proporciona um sono
tranquilo e sem pesadelos.É considerado um ótimo protetor contra olho gordo.

Alho (Allium sativum)
Planeta: Marte
Elemento: Fogo
Erva extremamente protetora. Pode ser pendurado em casa para proteger.
Também utilizado para fazer exorcismos. Os antigos gregos colocavam o bulbo
do alho em um monte de pedras em um cruzamento como uma oferenda à Hécate.

Canela (Cinnamonum zeylanicum)
Planeta: Sol
Elemento: Fogo
Usado como incenso para cura, clarividência, vibrações espirituais. Conhecida
como um poderoso afrodisíaco. Usado em feitiços de prosperidade. Muito usada
também em feitiços de amor.

Chá de anis e canela e allium sativum 30 C. Estava super gripada e por causa, com insônia.
Mas vê como as ervas são, por ter ficado gripada, tou protegida contra
olho gordo e de lambuja ainda vou ficar rica e arrumar namorado. ; )



Ouvindo TV:

Milton Cunha em Comentário Geral: "Transar é humano, fazer amor é divino"

Alguém no Sem Censura: "Seja um gourmet na vida, transforme seu arroz papa em
Arroz de Vaticano".

segunda-feira, agosto 01, 2005





Antonio Peticov



Da série, post amado não é roubado:

Ônibus Olá! Meu nome é Gilberto. Gilberto veio aqui para apresentar um aparelho
que vai facilitar a vida das donas-de-casa. A dona-de-casa vai descascar o legume
e a fruta com mais facilidade. Olhaí, gente, você vai descascar desde uma laranja
(demonstra) até uma batata (demonstra). Também serve para a cenoura (demonstra).
Bom para fazer batata chip ou uma deliciosa salada de frutas. Fatiar o queijo prato
ou fazer um salpicão. Quem gosta de salpicão levanta a mão. É bom ou não é esse
aparelho? Batata noisette, você faz aquelas bolinhas (demonstra). Você pode fazer
legumes e frutas para decoração. Quanto custa, hein? Nas Lojas Americanas têm,
em Niterói você acha, Copacabana entrega por 5 reais, tá barato. Sabe por quanto
o Gilberto entrega?Um por três ou três por cinco. A moça aqui diz que já tem um.
Gilberto vendendo coisa boa (desfia uma cebola, distribui o corta legumes).
Quem vai querer? Oportunidade única. Quem mais quer, quem mais quer?
Aí, piloto, brigadão!

Isto é o Rio de Janeiro :)


Você comprou? Eu comprei. Beijo Maria ; )



Andrômeda. Marzipam. Cálido. Andaluz. Tato.
Alambrado. Mandarim. Arcobaleno. Licoroso. Azul.

Diez Palabras



Conheço sim, pessoas pra quem a palavra amor é palavra preciosa, como água
que falta. Ela é solene como um ritual ou é uma palavra cujo conteúdo é cheio de
temor, como é o deus do ocidente. Pessoas pra quem amor é um mistério ou só tem
um único significado, quando o amor é motivo de constrangimento. Pessoas pra quem o
amor está nos livros, o tratado do amor, letras maiúsculas, com fundamentação teórica e tudo.
Pessoas que guardam o amor como se fosse caixa de chocolate muito caro, e só pegam
um, muito de vez em quando, abrindo devagar o papel dourado, vermelho, prateado, azul; o
papel mais que o chocolate, com os olhos mais do que com as mãos; oferecer nem pensar.
E tem aquela do risinho meio de desprezo, a vitória da posse, o amor usável, de quem
confunde amor com medo. Essa é engraçada pra caramba. Nada contra formas, assim será,
assim tem que ser e o amor é mencionado, é querido. Me incomoda só quando, apesar da
evidência contundente das guerras, dizem que o amor não existe. Mas o amor existe
mesmo que na "beleza das coisas que não existem", ele existe. Mas nem, amor pra mim é palavra
banal; é mamão, chuchu, cacho de bananas, café da manhã, ventinho da tarde. Acho que é por
isso que, ás vezes, recebo esses olhares estranhos, olhar pra quem é fora da realidade,
pra quem tem parafuso sobrando. Eu me espalho. Amor não é tesouro, amor é todos os dias,
é assim como é o dias das mães ou o dia da mulher ou o grande milagre das segundas-feiras.



Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos.. ; )