sexta-feira, agosto 29, 2008



Cotidiano. Está ventando pra caramba no Rio, desde de tardinha.
Minhas janelas fazem aquele barulho de filme de terror, uivo.
Nem ligo mas de vez em quando abro todas elas e parece que eu
estou vivendo no Monte Everest. Hoje meus vizinhos embarcaram
para viver a mesma aventura de Felipe, um navio e o mundo. Outra
ausência para sentir. Fico curiosa para saber quem serão
meus novos vizinhos, espero que sejam tão gente boa quanto Luana e Cássio.
Estava na cozinha, não tive fome cedo, acabei de fazer um creme de
baroa e cenourinha, uma fatia de queijo, uma taça de vinho e um filme,
melhor programa de sexta-feira não existe, e só comparável a espalhar jornais
pela cama no domingo; acho que vou ver Bella Martha que é delicioso e
desses filmes que eu já sei o diálogo. Amanhã tem Circuito das Artes
no Jardim Botânico que vai ser especialmente bacana por causa de André que
participa, aqui que legal. Encontra comigo lá, mas é mais certo na
edição da semana que vem. Agora a pouco vi a notícia do livro da Fabi.
Fiquei muito feliz e lembrei do livro que recebi dela, Crônicas de
Quase Amor, foi pelo correio, um dia, sem aviso, qdo ainda morava em
Pendotiba e o futuro era visível logo ali, nada de súbito aconteceria
a nenhum de nós, nunca. Dê amor receba amor e seja sempre o mais feliz que
puder. Estou pensando em criar um blog para acompanhar a fabricação e
montagem dos meus móveis e de tudo do ap, mas não sei, seria legal ter
uma camera. Acho que vou pedir emprestada a da Nana, ela quase não
usa e tal, não sei, primeiro vou ver como as coisas andam, se rápidas
ou naquele passo de tortuga. Ainda vou abrir o msn para adicionar
Caró e Cintia, gosto delas muito mas só falo quando estou no Twitter,
mas enjoei de lá, entonces. Acho que a primeira coisa legal de verdade
que vou fazer com minha máquina nova de costura é o forro do meu sofá
da sala. Vi um tecido de um azul que vai ficar bem legal, vou
fazer avental do chef também e almofadas, e edredons e jogos americanos
e panos de prato. Você vê, a gente começa a falar tudo que vem á cabeça
e então não sabe onde vai parar. Imitando os slogans de Marina W: Tempo
Imaginário o blog de uma mente dissociada com trilha sonora de Toninho
Horta. Vou ver meu filme.



Eu vi esse tempo. Eu quero esse livro.



Eu tenho 50 anos. A última vez que vi Janete eu não deveria ter mais de
5 ou 6 anos de idade, mas sempre que encontro algum escrito ou noticia
sobre ela, isso me causa um impacto, não sei pq; talvez ela me lembre de
tempos muito felizes, talvez eu me lembre de meu pai por causa dela,enfim,
talvez eu nunca saiba pq, entretanto, ela me emociona, ponto. O que aliás,
não tem sido coisa dificil, 'tou numa fase de sensibilidade extrema,
o que é bom e ruim. Hj recebi uma notícia por mail, uma super entrevista de
newsletter que assino. Muito boa até pq artesanato e decoração são matérias
que ultimamente muito me interessam. Leia aqui.

segunda-feira, agosto 25, 2008



Colocando roupa na máquina, preparando um café, ouvindo Glenn Gould.




Meu Twitter é aqui. Twitting no seu blog vc também.

domingo, agosto 24, 2008



Emissário de um rei desconhecido,/Eu cumpro informes instruções de além,
E as bruscas frases que aos meus lábios vêm/ Soam-me a um outro e
anômalo sentido.../Inconscientemente me divido /Entre mim e a missão
que o meu ser tem,/E a glória do meu Rei dá-me desdém/ Por este humano
povo entre quem lido.../Não sei se existe o Rei que me mandou. /Minha
missão será eu a esquecer,/ Meu orgulho o deserto em que em mim
estou.../ Mas há ! Eu sinto-me altas tradições /De antes de tempo e
espaço e vida e ser.../Já viram Deus as minhas sensações...

update: è Fernando Pessoa.

sexta-feira, agosto 22, 2008





Felipe. Hoje, dois meses desde o embarque. O Summit lá
embaixo ancorado na ilha de Santorini



Nessas bem que eu queria morar em sampa.



Gente voltando. Advinha quem é? :)



"A cidade acalmou, logo depois das 10"... Ando com essa música na cabeça
é pq estou igualzinha aqui no Rio, vastidão, céu azul, colocando
a tudo e a todos nos lugares certos. Na verdade isso é crise. Coisas nos
lugares certos pressupõe que elas estejam nos lugares errados. Estão. Hora de
levantar acampamento. Quase morro de dor para arrumar tudo, tanto que,
já pensei que é melhor deixar tudo como está, mas pra mim não tem vida
assim, então, é como quando a gente tira um espinho da mão: dor, dor, dor,
mas depois alívio. Sobrevivi. Sobreviverei. A vida é tão mais forte
que qualquer dor. Até hoje foi assim. Ontem, no por-do-sol, estava no
Arpoador. Lá sempre parece que a vida começa, azul sem manchas,lugar
de sintonizar o mundo dentro de mim. No coração, o céu de Brasília
está em qualquer lugar.



Niterói, 28 de abril de 2005. A vida é uma espiral.

sexta-feira, agosto 01, 2008