quinta-feira, agosto 23, 2007



Era madame riquíssima. Perdeu o status mas não perdeu a compostura. Em cima de
um salto, tipo, 12(?), pegava o ônibus todo dia de manhâ, para trabalhar na firma
de eventos, argolas doiradas, aquele cabelão blonde que pega no tranco e, sempre
deixando no ar o que tinha restado da realeza: ás vezes Dior, ás vezes Lancôme.
Jair, o motorista, deixava o ônibus inteiro esperando no ponto, quando ela se atrasava.
Negão distinto, mangueirense e protetor, recebi o convite de casamento ontem.
Festa com direito a sorbet de manjericão e show do grupo KissSamba. Ah, os amores
improváveis.

Tou no céu.

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