segunda-feira, fevereiro 28, 2005




Eu edito fotos ouvindo "dreaming about my first love" do Toninho Horta. Sei que é meio obsessivo
ouvir a mesma música horas e horas mas é uma espécie de start; um ritual, Toninho, café,
fotógrafos, fotos. No título tem palavra-chave pra mim, dreaming, love, envolve muitos estados
de alma, abre o eixo cabeça/coração, desencadeia uma estória entre as fotos que eu só vejo assim,
ouvindo. Isso é muito gostoso, vira uma meditação, . E, além da profunda doçura, a música tem um
andamento que, dependendo do resultado da edição, dá até pra dar uma sambadinha da vitória
na frente do monitor. Acho que todo mundo tem um lance assim, né? Ou não?

domingo, fevereiro 27, 2005



Só pra constar, nos dois ultimos posts eu disse bacana cinco vezes. Ai, Virginia, coitada.
Quer saber? O dia está muito lindo, muito sol e muitos azuis pra gente ficar aqui dentro teclando.
Vamos sair. Vamos a praia, vamos tomar sorvete de pitanga no Mil Frutas e ver o
show de hoje dos quiosques da Lagoa.

update: Mas antes vai no Dudi ver a órbita.



Claudinha me mandou por mail. Bacana né?
Ela foi ver no domingo passado. Estava sem neve.
Esse cara podia vir fazer umas coisas assim aqui no Brasil.

Por falar em bacana, nada a ver uma coisa com a outra mas, olha que
idéia bacana. Vai lá voce também, escreve seus sonhos.

Encontrei no Efemera. Nome bacana pra coisas de web :)



Quem me conhece sabe que eu tou me de-li-ci-an-do com esse blog :))
Virou passatempo preferido. Adoro bastidores. De fotografia então nem se fala.
Dia desses estava conversando com a Sheila sobre isso, sobre a experiência por trás do
evento. Ela é crítica de arte, já foi curadora da Bienal e também teve na vida, oportunidade
de entrevistar pessoas como Cartier Bresson ou Baudrillard. Agora me diz se não é a parte
mais interessante? O entrevistado a gente já conhece mas, saber sobre a experiência pessoal
do entrevistador, já pensou? Como ele chegou lá, qual a impressão a respeito da pessoa e não
da personagem pública o priviléigo do real :) Isso é que é fascinante.
Eu pedi e um dia ela vai contar, me disse.
Sempre tive vontade de entrevistar os jornalistas, os diretores, os fotógrafos, os produtores.
Taí, produtores são o paraíso. Aqui na web conheci o Hadjes, que é produtor musical, arranjador e
tudo, producer mesmo, profi, e já produziu gente como Wayne Shorter, Pat Metheny, Toniho Horta e
mais um monte e tem muita coisa pra contar. Já teve até a experiência de estar, de verdade, com Sua
Santidade Dalai Lama assim que nem eu e voce, no maior papo.
Agora me diz quantas histórias, que são únicas e preciosas em humanidade, que no final é o que conta
e que a gente não sabe nunca porque a gente só conhece o produto final? Sempre deveria vir um
adendo ás reportagens com o testemunho pessoal do jornalista, sabe? Eu acho.
Fico aguando em gente como o Edney Silvestre que já entrevistou todo mundo que eu queria conhecer.
Quanto que esse cara sabe e tem pra contar?. Aliás tem um livro dele, Contestadores,
recomendo, super bacana. Enfim. é isso, adoro os bastidores.



Domingão do Faustão.

"- ...mas voce não disse que era viagem interior?
Que voce ia entrar dentro do seu ser, descobrir sua deusa não sei aonde?
Que badalação é essa agora?
- Meu, realiza, depois de 30 anos de INSS eu já vivo no interior
do meu interior, minha viagem interior agora
é pra fora, percebe?
- Não
- Bom, eu não vou explicar. Me empresta a mochila ai
- Fala sério, isso é pra gente fazer com 20 anos e não agora.
- Justamente por isso... tem uma coisa pior..
- Mais o quê?
- Vou fazer uma tatuagem, aqui ó, nessa direção.
- Mulher, eu vou terminar com voce!
- Vai nada, vem comigo, larga essa sua filha chata, mas esse seu genro
que só dá despesa, entra aqui, sem
destino, vamo' fazer sexo selvagem em Arraial do Cabo.
- ...!
- ...
- ...?
- ...
- ...me dá dez minutos."


C. e I.: não resisti :))



Resolvi dar uma passeada pelo arquivos do meu blog ontem á noite e me toquei que
Virginia, minha professora de português de todos os tempos, minha mestra, a mais
querida, a mais dedicada, a que cuidava de mim, como a pupila, a possível escritora que
ela nunca havia sido, capaz de me dar 9,85 de nota porque esqueci de um ponto e vírgula
e de uma úniquinha crase num texto de três páginas, feito ali, sem revisão, na hora da prova,
deve estar agora, nesse exato momento, se revirando no túmulo, de um lado para o outro. E gritando.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005



Domingo eu e minha viagem interior fomos almoçar com uma tia por afinidade que eu
não via há uns vinte e cinco anos. Familia grande, cada um na sua viagem, muitos
acontecimentos .Muitas alegrias, muitas tristezas, muitos filhos. Gente espalhada pelo
mundo em ligações chorosas, enquanto não havia internet, gente que se formou engenheiro,
gente que trabalha em plataformas de petroleo, que virou caminhoneiro no Paraná, gente
que virou top model, travesti, cantor de boate em Miami e psicólogo,.nessa ordem. e tem
também aquele primo que afinal saiu do armário, aonde só ele se colocou porque, nessa familia,
isso nunca importou, áquele que morreu no acidente de carro, a que teve cancer, a que casou
com o homem dos seus sonhos e mora num castelo em França, a que não deu certo porque
..."coitada é artista..." e vive numa casinha lá nos fundos, o que se formou advogado, a mãe
solteira, a protituta, a avó que ninguém quis, a filha separada do marido, todas as mulheres
e seus universos..."aquela desinfeliz que fumava maconha o dia inteiro e agora é evangélica...
pra mim tá piorrrrr..." , a que foi abandonada, a que ficou orfã, os desgarrados, os que
venceram todas as barreiras, os que lutam pelas causas ambientais, os que já são velhos e
que ainda precisam de colo,e os bebês que alimentam a gente com sorrisos que só os anjos
podem oferecer, todos sempre, de alguma forma, acabam por la,. ..." voce sabe que agora
me chamam de senhora do destino, hahahaha..."

Aquela história que eu conto, quando falo da casa dos meus sonhos, sobre o ladrão que
invadia a casa e acabava fazendo parte da famíla é verdadeira, aconteceu aí, nessa, onde
tudo converge pra tia que, no final, não é um ser humano, com pernas, braços cabeça,
apenas aqueles olhos inteiros e um coração enorme flutuando sobre todos nós, mostrando
a razão de existirmos, é o amor, é ao que se destina. É conhecido porém sempre surpreende
o fato de que a gente procura, procura, procura, anda mundo mas sempre vai encontrar o
que procurava justamente onde começou.

sábado, fevereiro 19, 2005



vi.a.gem [vi¢a9ej]
sf (pl viagens) 1 travel, voyage, journey. 2 expedition. 3 cruise. 4 ride.
5 flight. 6 wander(ing). 7 tour, sally, trip, excursion. boa viagem! feliz viagem!
have a nice trip! a pleasant journey to you! descrição de viagens book of travels.
em viagem para bound to, on the journey, on track, out of town. narração de
viagem traveller?s tale. sair em viagem to start, start out. uma viagem de três
dias, trinta milhas a three days?, thirty miles? journey. viagem ao estrangeiro
foreign tour. viagem através da Espanha tour of Spain. viagem de ida e volta
round trip, double journey, voyage out and home. viagem de núpcias wedding
trip. viagem de recreio joy ride. viagem de volta, regresso voyage home, return
voyage. viagem inaugural (de um navio) maiden voyage.

in.te.ri.or [iteri¢or]
sm 1 interior. 2 inland, country, countryside. moramos no interior / we live in
the country. 3 inward, inside. 4 entraits, intestines. 5 heart, soul. só Deus
conhece o interior / God alone knows the heart of a man. 6 province. 7 inner
or private life. 8 internal affairs of a nation. ? adj m+f 1 interior. 2 upcountry,
midland. 3 inner, inward. 4 intrinsical. 5 internal. 6 secret, hidden, intimate. o
interior de uma casa the inner rooms of a house.



Yeahh!! : )

quarta-feira, fevereiro 16, 2005



Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.



Ontem conversando no Skype aprendi uma expressão ótima;
eu não conhecia, não conhecia o sentimento tampouco: "chiclete de ilusão"!
È aí, não é bacana? Pra mim explica muita coisa :)

segunda-feira, fevereiro 14, 2005



Damien Rice. 24 horas por dia.
Descobri na trilha sonora de "Closer".



O melhor oráculo da web.
O site inteiro é uma delícia :)



Ás vezes me irrito com a capacidade que eu tenho de ser piegas. È incontrolável.
Quando dou por mim - olha só hein...dou por mim -, ja falei coisas do tipo, me fala,
ou pior, me cala fundo ao coração ou, a pobre menina me fez chorar com sua estória
ou meu mundo caiu mas, que lição maravilhosa aprendi com esse sofirmento. Isso é
culpa da minha prima que quando eu era pequena, me obrigava a assistir as aulas de
declamação dela. Acho que vou começar a escrever cartas de amor; dia desses recebi
uma encomenda, acredita? Com isso no sangue vou ganhar um dinheirão.
Se bem que, por amor, é uma delicia ser ridículo.



No Brasil, dia 14 de fevereiro, segunda feira depois do carnaval.
Êba! Começou o ano :)

domingo, fevereiro 13, 2005



Domingo:

Uma coisa que eu faço que é condenável: uma caixinha de creme de leite, 3 ou 4 colheres
de sopa de chocolate em pó, microondas, potência alta por dois minutos. Não dá nem
tempo de esfriar. Gula, pecado capital.

Comi assitindo Closer. O amor pode ser uma palavra brutal.
O amor serve também para ferir pessoas, mas disso a gente já sabe.
Perto demais. Você se perde ou se entrega e Daniel com certeza foi inspirado no
meu ultimo namorado. Acho possivel sim parar de amar quase que imediatamente.
Mas até por polidez, ou por medo a gente ainda leva um tempo pra dizer. No filme não.
Para mim a cena mais bonita. Deixar de amar pode ser mais assustador do que ficar.
Acho possível me sentir uma farsante dizendo apenas a verdade e nada mais do que a
verdade. Os atores são legais.

Vou andar agora. O creme de chocolate me obriga. Me obriga nada; a verdade é que eu
adoro andar lá fora. Está um final de tarde lindo, desses que eu descrevo aqui de vez
em quando: azuis e verde-ouros, andorinhas e aragem com cheiro de jasmim.

Atualizei o Fotógrafos hoje. A foto do Bob Wolfenson é linda, do Dudu Tresca idem.
Achei que combinaram, mas a foto que mais me toca é a do JUvenal. Nunca
pensei que esse blog fosse me trazer amigos e realizações, mas assim é.
Pessoas muito queridas pra mim, que ás vezes nem têm nada a ver com
fotografia me encontraram por lá. Pequenas felicidades incalculáveis :)

segunda-feira, fevereiro 07, 2005



"Talvez seja uma das experiências humanas e animais mais importantes. A de pedir socorro e,
por pura bondade e compreensão do outro, o socorro ser dado. Talvez valha a pena ter nascido
para que um dia mudamente se implore e mudamente se receba. Eu já pedi socorro. E não me
foi negado. Senti-me então como se eu fosse um tigre perigoso com uma flecha cravada na
carne, e que estivesse rondando devagar as pessoas amedrontadas para descobrir quem lhe
tiraria a dor. E então uma pessoa tivesse sentido que um tigre ferido é apenas tão perigoso
como uma criança. E aproximando-se da fera, sem medo de tocá-la, tivesse arrancado com
cuidado a flecha fincada."

"Uma Experiência", Clarice Lispector, em "A Descoberta do Mundo"
Por mail, de Ledu.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005



Tão bonito.



Existe na República Dominicana uma cidade chamada Santiago de los 30 Caballeros.
Se eu fosse uma escritora, agora eu teria uma estória.



Está passando um filme na tevê, o título em português é "Nas mãos de Deus",
não dá pra prestar atenção na estória mas a trilha sonora é muito bacana e as ondas
de 12 metros são de verdade. Tenho paixão por ondas enormes.

Por falar em ondas aqui no Brasil hoje foi dia de Iemanjá, deusa do mar,
uma das senhoras, deusa amorosa e muito luxuosa. Salve Iemanjá!
Leva minha dor e traz seu encanto pra minha vida, como nas ondas do mar.:)



Da série, blogs que leio quase todo dia e não falei deles não sei porque:

Leia Paulo Ventura, filho do Zoemir.

:)



Em Pendotiba, 22:10 hs, céu estrelado na parte da frente da casa.
Chove na parte de trás. Impressionante.



Evasões.

Ele morre de amor, eu vivo de amor. Ele pode se perder num beijo, eu me acho. Ele
funciona por metáforas, acima do mundo num delírio romântico, um "...blue man at the Chagall"?
Um bode tocando violino. A realidade é minha droga, não vivo sem ver, exatamente, seja
mesmo a mais completa dor, eu prefiro, é o que me dá o chão, esse, do qual ele quer partir
imediatamente. Ele deixa rolar, eu não sei viver sem saber o porque, o porque, o porque.
Ás vezes fico constrangida com a diferença, a mais gritante: eu sempre rio onde ele
chora. Mas apesar de distâncias enormes, eu sempre sei onde ele está. Ele, já sabia, mil
dias antes de me conhecer. Ele não me completa porque eu nâo sou pela metade. eu sou inteira.
Amor pra mim é diferente dessas coisas. Mas ele me faz rir completamente, e, ás vezes,
o som da voz dele, soa como Miles. Isso me basta.