terça-feira, dezembro 23, 2008



A moda agora é Loafer mas eu gostava mais, e ainda gosto mais, daqueles
Drivers de miçangas da década de 80. Triste pq não encontro. quem fazia
parou de fazer. Só encontrei - mas já tem uns 2 anos - uns arremedos
na Mister Cat, enfim. Lembrei das espadrilhes da Cândida Andrade, com a
sola em forma de pés e depois notas musicais e dos maravilhosos tamancos
holandeses da Traesko. Não sei pq não fazem mais esses modelos. Eles
são atemporais pelamordedeus Outra: vai me dizer que All Star é
melhor do que Bamba? No way.

quarta-feira, dezembro 17, 2008



Semana. Não é preciso dizer que choveu o tempo todo no Rio de Janeiro.
Mas eu digo :) É chato mas é bom pq meu apartamento pega sol de frente
a tarde inteira. chuva é melhor para trabalhar. Fazer as coisas sozinha demora
pa-ra-ca-ram-ba, mas é legal, ver a parede pronta, que foi vc que fez
sozinha, a estante pintada e instalada, idem, dá muito gosto, apesar
de ficar com dores musculares como as da época em que eu fazia balé
cinco vezes por semana, ai. Mas quer saber?Até isso é bacana. E,
como no filme aí embaixo, de vez em quando vem alguém aqui me ajudar
a arrastar uma coisa muito pesada ou dar uma força na cozinha. O
desafio era fazer tudo sozinha e com o menos de dinheiro possível, mas
essas forcinhas de vez em quando não é roubar, é? Acho que não, né?
Minha vida segue assim.

Falando em cozinha, o ponto alto desses dias foi o convite que recebi de
André para um menu degustação na casa deles essa semana. Como
sempre acontece com as comidas do André, me alimentei de corpo
alma e coração com esses tomatinhos que vc está vendo aí na foto e
mais outros fingers food caprichados que só um chef mesmo pra saber
como faz. Parece simples mas sofisticação dá muito trabalho, pode
saber. Outra, dou força pra vc encomendar os brigadeiros trufados
que ele faz. O fechamento da degustação: brigadeiros trufados de
sobremesa, e não adianta eu ficar descrevendo, voce não sabe até
experimentar. Vou te contar, quem tem amigos tem tudo :)



hahahaha, muito bom isso :)

domingo, dezembro 07, 2008







Mercado domingo, uma espécie de auto-punição. Os pessegos valeram o
sacrifício. Suculentos e felizes. Mas felicidade mesmo foi chegar em
casa e encontrar uma tela do gtalk aberta, onde estava escrito assim: "coeh
mama,soh pra dizer que estah tudo bem aqui, o mar tah smooth!jah
estamos quse no meio do atlantico. sinistro.! o tempo tah solzao!bjo bjo"

Nice :)





Via Ffffound.



Meu 2009. Azul, dourado, verde, pés palito, reciclados, móveis coloridos,
costura, marcenaria, artes e comunicações, clima anos 70, música anos
80, roupa anos 50, comidas doces, Simple Living, alongamento, processos
mais intuitivos. Oráculo da vez: cristais. Sistemas de cura: Pathwork Lectures,
florais novamente com outro enfoque. Transformações graduais, todo mundo
mais calmo, mais criativo e mais feliz Ano de consolidações, rotina,
descanso e clima ameno. Palavra-chave: contentamento.

quinta-feira, dezembro 04, 2008





2009, desejos: voltar a ter folêgo.



Estou desequilibrada. Essa amigdalite me deixou com perda
energética importante.Tudo têm sido tão devagar e dificil.
Depois de uma semana de cama, saí pra almoçar com Vivi.
Fomos ali na esquina, não demoramos mais do que 2 horas.
Quando cheguei em casa estava exausta, fui tirar um cochilinho
e dormi 6 horas direto. Acordo cedo e esperta vou ali no
quarto lixar um móvel cheia de autoridade, 10 minutos depois
nao tenho mais forças . Resolvi procurar um terapeuta floral,
mas aí bate o meu preconceito. Não consigo confiar em terapeuta
que coloca por-do-sol e e passarinhos (com áudio) em seu site
e fica falando na divindade do ser. Também não confio em
médico alopata que diz que é terapeuta floral mas me trata
com floral como medico alopata que é, ou seja, sintomas.
Não consigo encontrar um meio termo. Ou seja, eu 'tou chata
hoje, viu.

sexta-feira, novembro 28, 2008



Raízes. Um dia eu nasci e, sem mais, aquele cordão se soltou e eu desandei a
falar de amor. Não conhecia outra linguagem até então. A fala da minha
paixão não se restringe tão somente ao amor ao homem e a seus objetos,
mas a humanidade. Nunca entendi outra forma de viver e pode ser
que essa tenha sido sempre a causa de todas as minhas perdas, essa espécie
de amor geral que não se liga a nada mas a tudo e não consegue ver a
tempo os anseios secretos de quem não aceita o si mesmo e ambiciona o outro.
Hoje vi passar as quatro estações pela minha janela, do céu azul de novembro,
aos ventos de maio, a essa chuva fina de agora, de julho e agosto. Nessa
observação, subitamente, todo o meu drama se desenrolou como naquele
filme que sonhei um dia e eu entendi que minha proposta de vida não é feita
de amor como eu imaginava mas é feita da minha felicidade, essa sim é a
veia exposta que sangra sem parar. "Minha felicidade sangra", como
escrevi uma vez nas cartas á Pernambuco. Minha felicidade será meu último
gesto, minha felicidade é meu sangue. Mas minha felicidade é um rio
ancestral. Eu sou meu avô, eu sou minha avó, eu sou meu pai. Minha
felicidade sai do Recife rumo a França e a Escócia. Minha felicidade
é minha resistência, minha felicidade é o lugar onde eu existo de fato
e de direito. Minha felicidade. Minha. E, afinal aquietei meu coração e
voltei a ser o que sempre fui. A causa é que, por mais que se apropriem
do meu legado, por mais que me roubem a memória, ninguém mais,
além de mim, pode ser eu e, ninguém mais além de mim, pode viver a
minha história.

quarta-feira, novembro 26, 2008



Febre, muita febre, fiz uma amigdalite, imagina.
Quatro dias de cama e os móveis me esperando para serem, como vc
sabe, fabricados. As madeiras me olhando num canto e eu aqui
imaginando como elas ficarão como as lindas prateleiras, o lindo
movel da televisão, o lindo puff, o lindo banco, a linda estante,
a linda mesa do computador, a linda mesa de cabeceira, e por último
mas não menos importante as lindas prateleiras da cozinha. Mas no
momento não tenho forças só imaginação. Que saco. Espero que dê
tempo de aprontar tudo até o Natal.Outra. Nâo sei como vou fazer para
mostrar no blog já que as fotos da bagunça de agora, para que eu
possa mostrar o depois, estão inacessíveis, no celular,que travou
e não abre no computador nem com reza ou driver novo.

Bem que o oráculo do mês me dizia, paciência, Angela, paciência.

Paciência e caldo de galinha. E o tempo não ajuda, chove no Rio desde sexta
passada pelo que me lembro. Mas fico aqui sonhando o que ajuda na minha
recuperação. Foi bom também pq me deu tempo de pensar e mudei tudo.
Ia fazer uma casa colorida para compensar a falta de acessórios mas minha
casa vai ser básica, toda de azuis. Parei com aquela idéia de lavandas e
verdes e amarelos mediterrâneos, são cores lindas mas depois me toquei
que ia ficar cansada logo e corria o risco de fazer, no final, minha casa parecer
um cenário em vez de um lar. De volta aos básicos. Azul. Azuis. Azul no meu
quarto, azul na sala, azul pra Felipe, qualquer azul, pra mim, sempre foi uma
cor completa. E ao contrário do que dizem, blue, azul pra mim é a cor da
felicidade e 2009 penso que vamos precisar lembrar sempre da idéia de
felicidade. Felicidade e parcimônia. Então vou deixar as minhas
extravagâncias no âmbito das almofadas ou talvez da poltroninha. Melhor.
No momento vou voltar pra cama, que já estou meio tonta. e, para não perder
o hábito, aí embaixo a música que estou ouvindo agora.

terça-feira, novembro 11, 2008



Tem muita coisa acontecendo, mas nada comentável. Lugar comum - o melhor
da minha vida, meu filho está bem e feliz. Hoje acordei tão cedo que estou
voltando pra cama novamente. Dez pras cinco, espertíssima. Meus vizinhos novos
são barulhentos. Se pensar bem, todos os meus vizinhos são barulhentos. Depois
fiquei pensando se não sou eu que sou silenciosa demais. Hoje está parecendo
segunda-feira. Hoje é 11/11. Sabe a parada das 11:11 hs em 11/11, né? È hoje.
Sonhei com flores. Flores. Acordei sentindo cheiro de jasmim, um enorme tapete
de flores cobrindo todo o meu apartamento.

sábado, novembro 08, 2008



Hora do recreio.

update: são filhotinhos, uma delícia de assistir, mas eles estão
em outro fuso horário então ligam tipo depois de 11 da noite aqui.

quarta-feira, novembro 05, 2008



Legal acompanhar com quem entende, o que não é, nem remotamente,
o meu caso. GO Obama :)

Dá pra assistir aqui. Agora eu vou dormir.

terça-feira, novembro 04, 2008



Pra quando você estiver triste. Ou não.



Vou fazer um blog para acompanhar a decoração aqui em casa. Vai ser um blog
não público. Quem quiser ver, manda mail que eu aviso quando estiver no ar.
Vai ser o "Angela e o Apartamento" e vai ter começo, meio e fim.

quarta-feira, outubro 29, 2008





Robert Carter



"Os 1.640.970 do Rio de Janeiro.

CONVIDADO A DISPUTAR A PREFEITURA DO RIO pela coligação que
juntou o PV, o PSDB e o PPS, o deputado federal Fernando Gabeira
condicionou a aceitação a cinco pré-requisitos. Primeiro: a campanha
deveria ser limpa em todos os sentidos. Sem faixas nem galhardetes
pendurados em postes, sem panfletos nem outras velharias que poluem
a paisagem urbana. E sem ataques pessoais, truques eleitoreiros e
outras espertezas que poluem a paisagem eleitoral. Segundo: o programa
do candidato passaria ao largo de questões nacionais para se restringir
a propostas e idéias vinculadas aos problemas da cidade. Terceiro: tanto
as quantias arrecadadas quanto os gastos de campanha seriam divulgados
diariamente pela internet, com a especificação da origem e do
destino do dinheiro. Quarto: se chegasse ao segundo turno, a coligação
não negociaria alianças nem adesões. Quinto: alcançada a vitória, a
montagem do #secretariado não obedeceria a imposições partidárias ou
conveniências políticas. Em vez do indecoroso loteamento de cargos, o
prefeito usaria o critério do mérito para a montagem do primeiro escalão:
seriam secretários municipais os melhores e mais brilhantes. Alguns
camuflando o espanto, os líderes dos três partidos toparam. Parece
mentira, decerto pensaram. Parece mentira, concordaram os eleitores.
Segundo todas as pesquisas, Gabeira largou com menos de 5% e entrou
na reta final da campanha com índices pouco animadores. Faz sentido.
Exauridos por bandalheiras protagonizadas pelas quadrilhas de pais
da pátria, afrontados pela descoberta de que a imunidade parlamentar
virou salvo-conduto forjado para livrar da cadeia bandidos homiziados
no Congresso, os brasileiros desistiram da esperança como profissão
e decidiram que os políticos eram todos iguais. Só a duas semanas da
eleição milhares de cariocas compreenderam que havia mesmo um
candidato honesto, coerente, inventivo, preocupado não com o próprio
futuro mas com o destino da cidade humilhada pela procissão de
governantes ineptos. E cumpria o prometido: a campanha avançou sem
zonas de sombra, com pouco dinheiro, sem comitês nem papelório, sem
ofensas nem insultos. Os 839.994 votos obtidos por Gabeira no
primeiro turno escancararam duas constatações espantosas. Os três
primeiros pré-requisitos haviam sido plenamente atendidos. Mais
importante ainda, o Rio avisara ao Brasil que, apesar de tudo, a
tribo dos decentes é bem maior do que se imaginava. A passagem para
o segundo turno permitiu a Gabeira mostrar que, como estabelecera a
quarta cláusula do contrato verbal, não negociaria adesões. Até
domingo passado, o candidato foi visto ao lado de gente como Oscar
Niemeyer, Caetano Veloso ou Marina Silva. Paes submergiu em conversas
clandestinas com o porteiro do céu Marcelo Crivella, a comunista
domesticada Jandira Feghali, o estafeta petista Vladimir Palmeira
ou com os fora-da-lei do PTdoB. Na etapa final do duelo, Paes foi
amparado pela nada santa aliança que incluiu um balaio multipartidário,
o governador, o presidente da República e um pelotão de especialistas
em guerra suja. Os candidatos barrados no primeiro turno embarcaram
no iate de Paes. O resultado final demonstra que os eleitores
preferiram a onda Gabeira. Juntos, Jandira e Crivella conseguiram quase
1 milhão de votos. Entre uma rodada e outra, o crescimento de Paes não
chegou a 650 mil votos. O de Gabeira passou de 800 mil. Tudo somado,
os 1.640.970 eleitores do candidato que há três meses parecia um sonho
impossível protagonizaram o mais belo, abrangente e empolgante fenômeno
da temporada eleitoral ­ e fizeram de Gabeira uma prova de que o Brasil
decente está pronto para a resistência. Faltou platéia para comemorar
a vitória de quem será prefeito. O povo festejou nas ruas o desempenho
de quem por pouco não foi. No restante do país, ninguém se interessou
pela sorte de Paes, ninguém viu algo de novo no que dizia. Em
contrapartida, distribuídos por todos os Estados, milhões de brasileiros
juntaram-se à distância ao bom combate. Os 1.640.970 do Rio de Janeiro
transformaram o que parecia apenas uma onda num genuíno movimento
popular. O movimento já exibe dimensões impressionantes. E só começou."

Augusto Nunes

Daqui

#Pronto falei.

domingo, outubro 26, 2008

sábado, outubro 25, 2008



Hoje meu filho faz aniversário e nesse exato momento 03:09 AM
está navegando em algum ponto do Mediterrâneo saindo da Turquia
em direção a Itália, passa no mar. Sei que vai ter festa - como ele
me disse dia desses, uma das vantagens da vida á bordo é que toda
a noite é Sábado á Noite, (ok, ele disse também quetoda Manhã é
Segunda-feira, mas não vamos tratar disso agora), - mas então,
vai ter uma super festa pra ele lá do outro lado do Atlântico, não vou
estar com ele mas não tem problema, ele é um homem conquistando
lindamente seu espaço no mundo. Literalmente. Orgulho. Mas de uns
dias pra cá, talvez pela distância, eu não tenho conseguido ver esse
homem, mas o menino. Aquele que me dava mão na rua e pulava
no meu colo quando queria dormir. Tenho sentido muitas saudades do
perfume dos cachinhos de cabelo, de ouvir aquele menino dobrando risada
e, a lembrança que tem batido mais forte, é a dele se escondendo atrás de
mim quando o bicho pegava - descobri que era uma pessoa muito forte,
muito forte, através da defesa da integridade fisica e emocional dele e
parece que agora, missão cumprida, surgiu espaço para lembrar sem dor
desse momentos. Sem dor é o prêmio. Enfim só queria registrar.
Esse ano, o aniversario do Fe tem um outro significado e sabor
que até certo ponto me surpreendeu. Pra mim o significado de sobrevivente
é quem vive as tragédias - as tragédias morais também, que podem até
matar mais rapidamente do que doença física - como as que vivemos
nesses anos, e não perde o olhar prazeroso sobre a vida, a potência
afetiva, não se apequena, que em vez de recuar, fica mais forte, o
olhar ingênuo dos sobreviventes, como li uma vez num verso, aquele
que nunca perde a ternura, esse é você. Feliz aniversário, Felipe :)

sexta-feira, outubro 24, 2008



Roland Dickerson, Eric Tiettmeyer, Brett Whitfield.
Georgette Jernigan, Wanetta Malone.
Observe: OdaMae Puruka e Angila Dulemba.
Theressa Ragland, Ashlyn Stanley, Kimberely Plummer
Celinda Brinda, Meghan Woodforest (!), e, de longe,
a minha preferida: Louella Winslow.

Spamzeiros com imaginação fértil para nomes na minha caixa de entrada.



I scientists Music from stars.

quinta-feira, outubro 23, 2008



Eu ando muito espetaculosa. É a primavera, o horário de verão,
andar descalça, tomar três banhos por dia, o vento no final da
tarde entrando pela casa e a luz, a luz do sol, no cêu azul
do Rio de Janeiro. Me sentindo uma criança com brinquedo novo.



Rua da Assembléia, 17:15 hs, um calor total, como se sabe, eu andando
apressada em direção ao metrô da Uruguaiana, ainda precisando passar
nesse e naquele lugar. De repente vejo parado, na saída de um prédio
apreciando a paisagem, um homem impecavelmente vestido, com ares de um
frescor praticamente havaiano. Vestia um terno de linho branco, um
espetáculo, sapatos de cromo e acredite, chapéu de panamá e charuto
na boca, provavelmente cubano; impecável, não tive duvida, pensei,
meu deus, é Seu Zé Pilintra, no no Centro do Rio e acabou de sair
do banho. Nesse momento ele olhou em minha direção abriu um
sorriso pra mim e ouvi, sou eu! e ficou me encarando com uma
espécie de olhar assim meio maroto. Adorei mas entenda, eu só pen-sei.
Mistéeerio.



Espetáculo de artigo.

sexta-feira, outubro 10, 2008



Adoraria vender alguma coisa desse modo: Anthropologie. Que luxo.



Uma de Felipe. Vida de navio é trabalho direto e o tempo que sobra vc dá uma
fugidinha em terra pra ver qual é. Sempre dá pra conhecer um pouco. Fe já foi a
muitos lugares, incluindo, o Vaticano, a Sagrada Famiglia, o "bonde" que sobe
a cratera em Santorini, a cidade medieval em Split na Croatia. Mas foi só agora
que caiu a ficha mesmo, de que ele está numa super trip. Mesmo depois de visitar
tantos lugares maravilhosos pela Europa, só ontem eu senti a vibração total nele,
aquela que dá a dimensão do que ele está vivendo, sabe? Foi quando ele disse,
mãe 'tou em Monte Carlo, dentro daquele túnel do circuito da Formula 1, acredita?
Acredito. Sabe como é isso? Lugares que a gente vê e que não pensa, não tem pq pensar,
que vai conhecer um dia - apesar de ser F1, a gente é maniaco com a F1 por aqui.
É uma coisa pequena, é só um túnel, mas foi o click. Sabe do que eu 'tou falando?
Ele está no sonho.



Adoro esse clip.



Ontem vi que intenções de voto são 43% Gabeira 41% Paes. Vi que Vladimir
Palmeira apóia Paes. Não sei como seria um governo Gabeira mas sei como
seria um Paes. Vladimir deve ter sérias razões, tão sérias, mas não imagino
quais seriam. Sempre votei em VP mesmo quando ele não concorria. Algo
acontece. Talvez seja uma manobra contrária. Enfim, só pensando. Essas
coisas não me importam mais e, a não ser que o VP diga olha eu não apóio
o Gabeira pq ele fez isso e isso e isso - pq a gente não sabe, não é jornalista,
não sabe o que acontece nos bastidores - , continuo Gabeira, apesar de
achar que é rumo ao desconhecido, o que não é ruim. De todo modo,
como ele se comporta bem, né? Que zen.

Agora chega disso. Só estou dizendo pq declarei meu voto antes.

sábado, outubro 04, 2008

quarta-feira, outubro 01, 2008



...And then tell Simone I'll take Jackie if Maggie isn't available.
- Did Demarchelier confirm?
- D-Did D-Demarchel…..
- Demarchelier. Did he? Get him on the phone.
- Uh, o… okay.
- And, Emily?
- Yes?
- That's all.

terça-feira, setembro 30, 2008



Eu já vi Heroes 1, 2 e 3 da Season 3, yeah, yeah, yeah, hoje vou
ver House season 5 episode 3, yeah, yeah. Ontem vi o 1 da 3 de
Brothers and Sisters,he he he. Já baixei Dexter novo e One Tree Hill
novo, uôu, uôu, daqui a pouco começa Lost, rúruru.

Nota da redação: esse é um recado sádico de uma mãe maldosa para um filho que
está em alto mar e só vê tv gravada até janeiro, lá, lá, lá.



Recreio. 1, 2,3. Coisas do We Heart It.



Objeto de desejo desde o ano passado, ganha prêmio de design.
Muito chique. Via A Casa, Museu do Objeto Brasileiro.

segunda-feira, setembro 29, 2008



Ffffound, Ffffood; agora também tem Jjjjound. Acho que eu vou adotar: Sssscott
Só ainda não sei o que vou fazer com ele.

sexta-feira, setembro 26, 2008



Noticia muito boa pra quem anda ligada em decoração como eu, um
dos grandes trunfos de sampa nessa area inaugurou espaço no
Rio, Depósito Santa Fé. No site, ambiente 04, a cor do meu quarto,
blue iris. Ah, tem tanta coisa bacana lá, horas no site, mas olha, o puff, pode
deixar que eu faço, na minha máquina, iêba. Li no Radar55 que támbém é ótimo.

Ouvindo, Taj Mahal & Toumani Diabate, Queen Bee. Doce. Mandei pro Blip.
Seja um Bliper vc também.



Sugestões do Cozinha Pequena, receita completa do que vai ser meu
jantar hoje: como se faz aligot.

segunda-feira, setembro 22, 2008

terça-feira, setembro 16, 2008







Faz frio e chove no Rio. Bom para ficar em casa e rever coisas, espero que
continue assim durante algum tempo. O verde da mata aí em frente estava
precisando de um refresco. Por falar em verde, tomo o suco do sol agora,
todo dia, alguns brotos de girassol caíram no vaso de violetas e fizeram
praticamente uma floresta dentro do vasinho. 'Tou com dó de arrancar os
brotinhos. È a força da vida se mostrando na minha área de serviço.

quinta-feira, setembro 11, 2008





Com essa música na cabeça o dia inteiro; por causa de uma personagem
de Nick Nolte, um imbecil egoísta, em New York Stories, por quem fui
completamente apaixonada durante algum tempo e pq lembrei dele
justamente hoje? No idea.'Tou baixando o filme inteiro, que é adorável,
apesar de já ter visto todos os episódios separadamente no Youtube.
O mais delicioso pra mim? Life without Zoe.



Como eu vejo o Cristo.



Muito mcdonalds mas, amo muito tudo isso: papelão is on the move
e mais todas essas soluções eco.

quarta-feira, setembro 10, 2008



Olha, igual a gente.
Via Global Voices, melhor blog do mundo.



Quarta insone. Passeando pela web. Lugares fantásticos mas
tem gente que faz (quer) o caminho contrário, quer sossego, anonimato, no
máximo os dez ou vinte que realmente importam, trata a todos com gentileza
mas não quer contato. E tem lugares na web que são super legais mas que a
gente não fala, fica sendo nosso segredo, a gente até quer compartilhar
mas tem medo de criar um Baixo Leblon lá, melhor ficar calada, até
pq "alguém que está conectado ao fluxo é mais poderoso do que
milhões que não estão" :)

E o mundo nem acabou, bom dia.

domingo, setembro 07, 2008



Domingo. Vendo fotos antigas, separando coisas outras para escanear, tirando
tudo de dentro do computador pq ele vai pifar a qualquer momento.
Experimentando uma receita nova, pão de cerveja. Ouvindo música clássica.
Setembro, nada contra mas prefiro agosto. Twittering no seu blog vc também.



O tempo e seus propósitos, que tal?

segunda-feira, setembro 01, 2008



Eu toda poética falando que eu tinha uma ligação tão
forte com fotografia, que eu sentia o gosto delas,
e que as vezes tinha a sensação mesmo de estar na cena, a ponto de sentir
se estava frio ou calor ou vento... e ele me responde assim: isso, geralmente
é um tumor no cérebro.

Você não ama profundamente seus amigos cínicos?

sexta-feira, agosto 29, 2008



Cotidiano. Está ventando pra caramba no Rio, desde de tardinha.
Minhas janelas fazem aquele barulho de filme de terror, uivo.
Nem ligo mas de vez em quando abro todas elas e parece que eu
estou vivendo no Monte Everest. Hoje meus vizinhos embarcaram
para viver a mesma aventura de Felipe, um navio e o mundo. Outra
ausência para sentir. Fico curiosa para saber quem serão
meus novos vizinhos, espero que sejam tão gente boa quanto Luana e Cássio.
Estava na cozinha, não tive fome cedo, acabei de fazer um creme de
baroa e cenourinha, uma fatia de queijo, uma taça de vinho e um filme,
melhor programa de sexta-feira não existe, e só comparável a espalhar jornais
pela cama no domingo; acho que vou ver Bella Martha que é delicioso e
desses filmes que eu já sei o diálogo. Amanhã tem Circuito das Artes
no Jardim Botânico que vai ser especialmente bacana por causa de André que
participa, aqui que legal. Encontra comigo lá, mas é mais certo na
edição da semana que vem. Agora a pouco vi a notícia do livro da Fabi.
Fiquei muito feliz e lembrei do livro que recebi dela, Crônicas de
Quase Amor, foi pelo correio, um dia, sem aviso, qdo ainda morava em
Pendotiba e o futuro era visível logo ali, nada de súbito aconteceria
a nenhum de nós, nunca. Dê amor receba amor e seja sempre o mais feliz que
puder. Estou pensando em criar um blog para acompanhar a fabricação e
montagem dos meus móveis e de tudo do ap, mas não sei, seria legal ter
uma camera. Acho que vou pedir emprestada a da Nana, ela quase não
usa e tal, não sei, primeiro vou ver como as coisas andam, se rápidas
ou naquele passo de tortuga. Ainda vou abrir o msn para adicionar
Caró e Cintia, gosto delas muito mas só falo quando estou no Twitter,
mas enjoei de lá, entonces. Acho que a primeira coisa legal de verdade
que vou fazer com minha máquina nova de costura é o forro do meu sofá
da sala. Vi um tecido de um azul que vai ficar bem legal, vou
fazer avental do chef também e almofadas, e edredons e jogos americanos
e panos de prato. Você vê, a gente começa a falar tudo que vem á cabeça
e então não sabe onde vai parar. Imitando os slogans de Marina W: Tempo
Imaginário o blog de uma mente dissociada com trilha sonora de Toninho
Horta. Vou ver meu filme.



Eu vi esse tempo. Eu quero esse livro.



Eu tenho 50 anos. A última vez que vi Janete eu não deveria ter mais de
5 ou 6 anos de idade, mas sempre que encontro algum escrito ou noticia
sobre ela, isso me causa um impacto, não sei pq; talvez ela me lembre de
tempos muito felizes, talvez eu me lembre de meu pai por causa dela,enfim,
talvez eu nunca saiba pq, entretanto, ela me emociona, ponto. O que aliás,
não tem sido coisa dificil, 'tou numa fase de sensibilidade extrema,
o que é bom e ruim. Hj recebi uma notícia por mail, uma super entrevista de
newsletter que assino. Muito boa até pq artesanato e decoração são matérias
que ultimamente muito me interessam. Leia aqui.

segunda-feira, agosto 25, 2008



Colocando roupa na máquina, preparando um café, ouvindo Glenn Gould.




Meu Twitter é aqui. Twitting no seu blog vc também.

domingo, agosto 24, 2008



Emissário de um rei desconhecido,/Eu cumpro informes instruções de além,
E as bruscas frases que aos meus lábios vêm/ Soam-me a um outro e
anômalo sentido.../Inconscientemente me divido /Entre mim e a missão
que o meu ser tem,/E a glória do meu Rei dá-me desdém/ Por este humano
povo entre quem lido.../Não sei se existe o Rei que me mandou. /Minha
missão será eu a esquecer,/ Meu orgulho o deserto em que em mim
estou.../ Mas há ! Eu sinto-me altas tradições /De antes de tempo e
espaço e vida e ser.../Já viram Deus as minhas sensações...

update: è Fernando Pessoa.

sexta-feira, agosto 22, 2008





Felipe. Hoje, dois meses desde o embarque. O Summit lá
embaixo ancorado na ilha de Santorini



Nessas bem que eu queria morar em sampa.



Gente voltando. Advinha quem é? :)



"A cidade acalmou, logo depois das 10"... Ando com essa música na cabeça
é pq estou igualzinha aqui no Rio, vastidão, céu azul, colocando
a tudo e a todos nos lugares certos. Na verdade isso é crise. Coisas nos
lugares certos pressupõe que elas estejam nos lugares errados. Estão. Hora de
levantar acampamento. Quase morro de dor para arrumar tudo, tanto que,
já pensei que é melhor deixar tudo como está, mas pra mim não tem vida
assim, então, é como quando a gente tira um espinho da mão: dor, dor, dor,
mas depois alívio. Sobrevivi. Sobreviverei. A vida é tão mais forte
que qualquer dor. Até hoje foi assim. Ontem, no por-do-sol, estava no
Arpoador. Lá sempre parece que a vida começa, azul sem manchas,lugar
de sintonizar o mundo dentro de mim. No coração, o céu de Brasília
está em qualquer lugar.



Niterói, 28 de abril de 2005. A vida é uma espiral.

sexta-feira, agosto 01, 2008

sábado, julho 26, 2008



Ganhei uma máquina de costura de uma amiga de blog :)
Então com esse lance de reformar casa e pesquisar produtos para
o De(coeur)ação fáceis de fazer e mais a minha vontade, já antiga,
de fabricar alguma coisa e ter horário de trabalho maleável, então
pronto: meu destino esta selado para esse semestre, minha vida
vai virar uma oficina-ateliê.

Pimp'n my list :) Por falar em blog, idéia da Cora, tenho minha
lista de presentes linkada no Internetc. 'Tou pimpona.

Um lance engraçado de ouvir, de quem não tem muita familiariadade com
a web é que, amigo virtual não é amigo real, hehehe.



Acabou meu curso de Jornalismo de Políticas Públicas,
Conheci pessoas ótimas, Leonardo Mello, Gullermo Planel, Augusto Gazir
Guilherme Canela, entre outros, cada um deles faz diferença real ao
planeta em que vivemos. Muito a dizer a respeito do curso, tanto que
fico afogada em sensações, insights mas sem nenhuma paciência para
organizar pensamento. De concreto o curso me deu a certeza de que não
é minha area de atuação. Não tenho as compêtencias necessárias apesar
de admirar profundamente a área. Ai, depois eu falo.

segunda-feira, julho 21, 2008







Sinto muitas saudades de Felipe, só amenizadas por saber que ele está bem e
vivendo uma dessas experiências para a vida toda. Hoje recebi um mail de Giuseppe
e Oderica, com dicas sobre Veneza, lugar em que o Felipe fica mais tempo e que
irá mais vezes. Acho que é onde o navio abastece e tal. Eles são de Veneza,
e conheci os dois aqui no Rio através da Vivi. Foram tão atenciosos que
mandaram até endereço de sorveteria de amigos, com recomendação para dizer:
Oi! Eu sou amigo do Joe e da Ode :) Isso conta, ser amigo de alguém na cidade
faz a gente se sentir menos estranho no lugar. Se bem que ser estranho em
Veneza soa muito bem, como livro de romance.



Por conta do De(coeur)ação e da minha vontade de fazer os móveis do meu
apartamento, tenho pesquisado bastante sobre movéis e objetos na web.
Comecei a pensar em fazer algumas coisas que vejo, sabe. Não vou
copiar o trabalho de ninguém mas, sinceramente? Existem objetos que são
táo simples de serem fabricados como esse porta-revistas, (eu mesmo tenho
um porta-retrato com esse design, de encaixe), que a gente faz de mdf, facinho,
que causa o maior efeito e, jamais custará, 60 dolares, fala sério.

E o De(coeur)ação, ' tá uma delícia não está não? Vocês viram o morcego que
a Vivi fez, que coisinha?

Agora vou ali e já volto que também estou pesquisando algumas dicas para o
quarto da Joana

domingo, julho 13, 2008



Me disseram pra tomar vergonha e atualizar o blog. Mas eu 'tou ocupada com tantas emoções :)

quarta-feira, maio 14, 2008



Laços. "Há um vilarejo ali, onde areja um vento bom". Penso em abrir com minha irmã,
um dia, uma pousada em algum lugar pertinho, quartos claros, janelas azuis, prato-feito.
Honestina. Talvez eu vá para um lugar assim quando tiver 70 anos. Não falta muito.
Adoraria. A questão é que dia desses tive um sonho premonitório. Estava confortável numa
poltrona de avião, voltando para minha casa que ficava na Itália. Voltava antes pois queria
um tempo para visitar meus amigos em Nice. Talvez aconteça, quem sabe, por enquanto, não
tenho nenhum amigo em Nice e até onde minha vista alcança, não moraria na Italia jamais,
enfim, já tive outros sonhos premonitórios, um deles foi que eu morava aqui, onde estou
agora, nesse aparente dolce far niente, mas a verdade é que eu 'tou gestando. Deve ser o
caminho..Minha vida , não se pode dizer que seja cheia de surpresas, mas nunca se pode
dizer que seja monótona. Mês passado fiquei sabendo que uma parte da minha família,
dos Rossigneux, vive nas imediações de Lyon, são merchant du vin, segundo minha prima
que esteve com eles. Prima essa que conheci agora, aos 50 anos, que me achou no Orkut,
nada comparado a sensação de descobrir que tinha duas irmãs aos 21 anos mas foi
igualmente surreal; essa mulher sem que eu imaginasse nunquinha nossa relação de
parentesco, é pessoa que admiro muito e sempre acompanhei a carreira, tá? Vida,
se tentar entender perde a delícia.





sábado, maio 03, 2008



Sobre o óbvio. Não desejo fazer parte de nenhuma sociedade, nenhuma agremiação,
turma, confraria, clube, grupo. Não necessito de aceitação ou aprovação mas de
reconhecimento. Tenho amigos esparsos, a maior parte deles circunstanciais.
Me causa estranheza e uma certa repugnância mais do que dois adultos conversando
entre si. Meus encontros precisam ser calmos. Com cada pessoa que falo meu contato
é profundo. Tento evitar esse contato mas é inevitável: em cada um de nós vive aquele mal intransponível,
a alma pequena e ver quase que sempre isso, dói. Não desejo criar raízes e nem
desejo mais encontros que me tragam aprendizados, vivências, resgates, etc. Depois de
um certo tempo, pessoas vão embora, não por vontade. Elas cumprem um papel na
minha vida, eu na delas, umas permanecem por mais tempo, outras menos, assim é.
Então, tenho especial predileção pelo sentimento de desapego. Apesar disso, sou
capaz de entregar minha vida para causa ou pessoa. Sempre esqueço de mim, poucas
pessoas entendem disso, pouquissimas vezes obtive respostas, aprendi que apesar
de estar em contato com toda a humanidade, minha familia na Terra é bem pequena.
Tenho um lugar garantido no silêncio mesmo diante do pavor e da maldade e me
considero uma das pessoas mais felizes que conheço. As vezes é melhor seguirmos
o coração, as vezes o melhor é não colocar o coração na mesa, as vezes é melhor
ouvirmos aquela musica e só.


sábado, março 08, 2008



Da série, pra sempre Ledu:

"Ilhas

Cá estamos, finalmente. Chegamos com a madrugada e mal pudemos esperar para
ouvir a areia fluida cantando sob nossos pés.
Buscamos tantas vezes distância das alegrias bizarras sem sucesso!
Na bagagem odores delicados, nossos vinhos prediletos, queijos,
pães, frutas, jornais, Paul Auster, Silvina Ocampo, e os meus judiados poemas de Prévert.
Com os solavancos da estrada os melõezinhos expuseram suas polpas sem pudor: o
mesmo laranja róseo do amanhecer que nos recebe sem ruído.
Levemente perturbados aspiramos o perfume insular, o mesmo que veio nos indicando o caminho.
Nas curvas usávamos a primeira pessoa do plural, como já juramos nunca. Soa singular.
Pelo estilo do vento, o dia será magnífico."

No Pseudopopblog de Ledusha S., em Exercícios de Levitação






Sábado Leve.





Please, please, please..

quinta-feira, março 06, 2008



"Ainda não te contei, mas foi aniversário da Ângela na segunda. Aí juntei os
vizinhos e fizemos um bolo no sábado. Bem, a Luana fez o bolo, eu fiz a
cobertura. A Oderica colocou tarot pra Ângela: presente."

De resto, é conversa entre mulher e marido não leiam :)

segunda-feira, março 03, 2008



Teve uma coisa que aconteceu hoje de manhã comigo, quando eu acordei com 50 anos,
que foi como se eu estivesse nascendo novamente. Foi assim pra você também?

sexta-feira, fevereiro 29, 2008



Amora adquiriu casa própria: marinawpontocompontobr :)





Jumping cats.



Fazendo levantamento da história de uma familia, precisando falar com
alguém bacana da maçonaria, se vc conhece, me passa o contato?



Dá pra notar que agora eu 'tou direto no Twitter? Dá né? 'Tou falando igual a telegrama.



Olha que bacana, mande postal pra todo mundo. Postal de verdade, de mandar
pelo correio. Já mandei 4. Um pra China, um pra Finlandia, um pra Nova Zelandia
e um pro Brasil. Esperando ansiosa pra receber o primeiro. Super legal.



Pediram um trabalho pro Egberto Gismonti; ele foi lá, em cinco minutos
resolveu o lance e cobrou tantos dinheiros, então o cliente disse, mas rapaz, tudo
isso por cinco minutos de trabalho!? E ele respondeu: 5 minutos não,
40 anos. Adoro essa história :)

quinta-feira, fevereiro 14, 2008



Cansei, não estou mais gostando de estar de férias enquanto todos
trabalham, mas não quero procurar trabalho, quero que ele me ache,
pode ser aí, Universo? Nada que requeira "prática nem tampouco
habilidade". Que seja de meio-expediente e que me pague um milhão por mês.
Pode ser em alegrias, tudo bem.

terça-feira, fevereiro 05, 2008



"Julho 02, 2005. Os aeroportos.

Eu gosto profundamente de aeroportos. Gosto muito de observar gente
nos aeroportos - e de ficar sentado a espera de aviões. Gosto de horários
de aeroporto. Daquele ruído de fundo, do voltear, de gente que parte e
chega, de gente que pernoita nos aeroportos aguardando o primeiro voo
da manhã. Gosto de gente que lê livros, sentada em cadeiras desconfortáveis
ou apenas cadeiras de aeroporto - livros irreais, histórias fáceis, romancistas
de segunda e terceira categoria. Gosto de gente que perde voos e que fica
sentada esperando o próximo. Gosto da Music for Airports, de Brian Eno.
Gosto de iPod nos aeroportos. Gos­to de tabacarias onde se vendem jornais
em línguas desconhecidas e de cidades sem geografia. Gosto de áreas de
fumadores em aeroportos longínquos, de restaurantes banais, desproporcionados,
sem decoração. Gosto daquela simpatia rara do check-in em companhias aéreas
do Oriente. Gosto do som de cidades murmuradas nos altifalantes, como
Denpasar, Darwin, Colombo, Guatemala, Anchorage, São Paulo, Helsínquia,
Montevideu, Porto Alegre.

Os aeropor­tos atraem-me profundamente: gosto de escalas de três horas em
aeroportos distantes do destine final. Gosto de livrarias e de cervejarias de
aeroporto.Gosto da área de fumadores do aeroporto de Singapura, um jardim
com piscina, rodeado de restaurantes, plantas exóticas, ventania que vem das
pistas, o ar tépido e húmido, arrastado - e dos que esperam ali antes de
embarcar para outro lugar desconhecido. Gosto das sanduíches de salmão com
creme de queijo no Harrods do aeroporto de Lisboa. Gosto das livrarias LaSelva
dos aeroportos brasileiros. Gosto da desordem selvagem de Madrid, em plena
madrugada, quando chegam os voos da América Latina. Também gosto da
madrugada do aeroporto de Amsterdão, ao chegarem os voos do Oriente.
Gosto dos restau­rantes, do de Frankfurt e das lojas de compotas e conservas
de Heathrow. Gosto da simplicidade comovente e fria do de Keflavík, na Islândia.
Gosto da sensação absoluta do fim do mundo anunciado em Gandem, na Terra
Nova canadiana - e dos pântanos que se vêem do ar, em pleno crepúsculo.

Já passei noites em aeroportos vazios, como na Cidade da Guatemala. Já adormeci
em aeroportos cheios de gente, embalado pela passagem de gente perdida ou
apenas procurando um voo, um destino, uma cidade de painel electrónico, um
mapa turístico de tabacaria, um jornal de há três dias.

E há essas coisas que se levam de aeroportos: revistas, roupa amarrotada, o
cheiro de uma viagem por fazer, uma sanduíche que é igual em todo o lado,
as promessas de amor contrariado, as juras de amor eterno, os últimos beijos,
o primeiro beijo, o derradeiro abraço, lagrimas, um riso aberto, retratos de
cidades invisíveis e que nunca existiram.

E a claridade tranquila do aeroporto do Funchal. O ruído de altitude quando
se chega à Cidade do México. O jazz inaudível quando se atravessa a porta
das chegadas em Nova Iorque, sobretudo em JFK. As melodias. A musica
que é igual em todo o lado, os hits que se vendem nas lojas de discos, os
centros de Internet onde todos navegam no Yahoo ou no Hotmail, as filas
intermináveis do aeroporto de Jacarta. As escalas em Miami. O chão de pedra
do de Estocolmo. A musica dos Madredeus na chegada ao Ben Gurion, de
Telavive. Os pavilhões de madeira e tule em Belize City, depois de uma
tempestade nos recifes. O aeroporto de Ushuaia, na Terra do Fogo, diante
da Antárctida, com flocos de neve caindo sobre o canal Beagle - o que nos
transporta para a imagem de Darwin à proa do seu navio. O de Oaxaca, no
México, e a Canción Mixteca ouvida numa loja de mezcal, tocada por uma
orquestra de marimbas. Os atrasos nos aeroportos de Cabo Verde. O ar
sufocante na chegada a Moçambique, irrespirável. A tepidez desconfortável e
os ruídos de baratas e de grilos em Bissau, na Guiné. O cheiro de fritos e o
fumo dos autocarros diante do aeroporto de Abid­jan, na Costa do Marfim.
Um voo que parte numa madrugada de Outono aus­tral, em Buenos Aires.
O casal que fica sentado entre passageiros felizes enquanto se aproxima a
hora de o avião de um deles partir para sempre. O rosto e o corpo de uma
mulher vistos através do vidro de uma zona de partidas, aquele ponto de
não-retomo, Os discman, o walkman. O Herald Tribune de fim-de-semana.
As escovas de dentes descartáveis. As coisas que amamos de um aeroporto,
um rosto visto através do vi­dro, as despedidas breves."

in Outro hemisfério – Revista Volta ao Mundo – Julho 2005

Amo esse texto, deixei lá no Twitter mas resolvi trazer pra cá.
Lá é tudo muito rápido. Parece que aqui fica pra sempre.

quarta-feira, janeiro 02, 2008



Vinyl Sleeve Heads.



Veja bem, me deu uma saudade daqueles caramelos do D'Angelo de
Petrópolis. Será que ainda existem? Isso não é nada, pior é sair
procurando pelo Rio de Janeiro, alguém que faça um biquíni de crochet,
- no meu caso agora, um super maiô. Isso é uma situação na vida da pessoa:
quando a gente começa a querer as coisas que viveu nos anos 70.
Vou fazer 50 anos esse ano, já devo estar fazendo o caminho de volta,
hein? Se, qualquer dia desses você me encontrar na rua de bata
indiana, aja naturalmente, por favor.