terça-feira, julho 01, 2003


Pra mim, o que a vida tem de maravilhoso é o inesperado. E o que ela tem de horroroso também.
Está tudo bem e, de repente, problemas, más noticias, descontroles, imprevistos, gritos, gente
chorando, gente com raiva, mesquinharias, injustiças, covardias á escolher, impotência. Uma
vozinha interna me diz, salve-se enquanto ainda há tempo. Mas eu não tenho pra onde ir, essa
é a minha vida. É minha. Não quero outra, sou eu integralmente com a minha vida e com o que
ela tem de bom e ruim e não mais que isso. Eu não quero fugir eu quero resolver. Tudo bem,
tou exagerando. Não aconteceu nenhuma tragédia, só são as atribulações normais da vida mas,
a verdade é que ando mais sensível do que o normal e assim, tudo se complica. Tudo o que eu
queria era me esconder em algum colinho gostosinho até passar essa histeria coletiva da qual
sou obrigada a participar. Ai, ai, como dizem os amigos: respire. Hoje é um daqueles dias em
que a gente se pega dizendo, moço, dá pra entrar na minha frente aê e resolver tudinho enquanto
eu durmo? Olha eu exagerando de novo.

Enfim, tou aí. As vezes em silêncio, ás vezes me escondendo, ás vezes com medo mas tou. Não
me retirei da vida ainda não. E, a despeito dessa maluquice generalizada por aqui - que no final
das contas, dá até pra gente rir - hoje consegui extrair uma coisa muito boa do dia. Acordei com
Maria, inspiradíssima na cozinha, num tal pica e descasca, que eu não via há muito tempo. Quer
saber? Acho que essa moça gosta de ver o circo pegar fogo. Mas nessas, hoje almocei arroz
branquinho, feijão preto bem temperado, batatas coradas no azeite de alho, cubos de abóbora
ao vinagrete, couve á mineira; antes, salada de três alfaces, agrião, maçã e pepino japones
com molho de limão e ervas. Sobremesa? Torta de banana com coulis de maracujá.

Pobres franceses que precisam lançar mão de caramujos. : )

23:06 update :)) Desculpaê o pessoal que gosta dos caramujinhos.

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