domingo, agosto 24, 2008
Emissário de um rei desconhecido,/Eu cumpro informes instruções de além,
E as bruscas frases que aos meus lábios vêm/ Soam-me a um outro e
anômalo sentido.../Inconscientemente me divido /Entre mim e a missão
que o meu ser tem,/E a glória do meu Rei dá-me desdém/ Por este humano
povo entre quem lido.../Não sei se existe o Rei que me mandou. /Minha
missão será eu a esquecer,/ Meu orgulho o deserto em que em mim
estou.../ Mas há ! Eu sinto-me altas tradições /De antes de tempo e
espaço e vida e ser.../Já viram Deus as minhas sensações...
update: è Fernando Pessoa.
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