terça-feira, abril 21, 2020

Café. Estava aqui naquele modo várias janelas abertas na cabeça ao mesmo tempo e entre elas ouvindo Sidarta e Bruno numa conversa no youtube, atenção seletiva e tal e daí, uma fala deles me puxou: parará parará... "o dilema entre subjugar e amar". parei tudo e coloquei a atenção só neles. Eles estavam falando a respeito do que vem por aí em termos de civilização. Que a pandemia trouxe esse dilema, que a nossa sociedade caminhou para o modelo de subjugar o outro, desde o núcleo, as famílias, até  os grandes aglomerados humanos, as sociedades,e suas grandes corporações, economias, culturas e que agora se a nossa espécie quer sobreviver, vai precisar girar essa chave de subjugar para amar. Amar no sentido de criar uma sociedade mais igualitária, solidária, voltada para o bem estar coletivo, coletivo global, não vai dar pra debelar a pandemia pensando só pontualmente, a gente vai precisar agir pontualmente mas com a intenção de atuar globalmente, precisamos ter estabelecida a consciência de que somos uma coisa só como espécie e todos estamos interligados, no mesmo berço, a Terra. Esse papo que parece da galera do ajudar o povo de humanas a fazer miçanga, mas que na verdade é o modelo de consciência e dinâmica que a médio prazo tem a ver com a evolução ou extinção, em grande massa, da nossa espécie. E o virus está aí para demonstrar. O virus não ficou restrito a uma camada social preponderante ou país ou cultura, ele pegou todo mundo. O planeta. Sidarta é um otimista, e acho que posso dizer que eu também, sempre acreditei que a gente não ia evoluir tanto para chegar agora e destruir tudo. Pra mim o que vai ser destruído, o que está sendo destruído, é o modo destrutivo  e nesse sentido pra mim, de novo, o bolsonarismo ensina muito, porque ele agrega todas as camadas de subjugação as quais Sidarta se refere, a pulsão de morte, o ódio, a motivação perversa, ele condensa em seu movimento tudo que a gente deve deixar para trás ou melhor, tudo que existe em nós,  que nos impede de evoluir para um novo patamar humano. .Como o Sidarta diz, nossos antepassados criaram tanta beleza nesse caminho da nossa existência no planeta, existe tanta beleza no mundo, a gente é capaz de tanta beleza, quando a gente se percebe consentânea com as leis da vida, quando a gente sente que tocou o coração de um outro e o nosso se abre, e a arte, todas as artes, todas as representações da emoção humana que nos leva a reconhecer a nossa humanidade também no outro. Tudo que nos eleva e transcende nos leva adiante. No fim é isso que sempre prevalece ao longo das eras: por baixo das narrativas oficiais da História, por baixo dos grandes piratas da humanidade, sempre vai existir o nós. Somos nós, que estamos aqui embaixo, que damos significado a existir, que fazemos uma rede de proteção para a humanidade. A pandemia está fazendo a gente viver o presente, o passado ja não existe mesmo, seremos outros depois de tudo isso, o futuro mais do que nunca a gente não sabe, então sejamos serenos diante da incerteza, é através dela que a gente vai criar o futuro. Dela e do sonhar. O sonhar è que vai dar a direção. Dou muita força pra vocês entrarem na vibe do Sidarta