quarta-feira, fevereiro 02, 2005



Evasões.

Ele morre de amor, eu vivo de amor. Ele pode se perder num beijo, eu me acho. Ele
funciona por metáforas, acima do mundo num delírio romântico, um "...blue man at the Chagall"?
Um bode tocando violino. A realidade é minha droga, não vivo sem ver, exatamente, seja
mesmo a mais completa dor, eu prefiro, é o que me dá o chão, esse, do qual ele quer partir
imediatamente. Ele deixa rolar, eu não sei viver sem saber o porque, o porque, o porque.
Ás vezes fico constrangida com a diferença, a mais gritante: eu sempre rio onde ele
chora. Mas apesar de distâncias enormes, eu sempre sei onde ele está. Ele, já sabia, mil
dias antes de me conhecer. Ele não me completa porque eu nâo sou pela metade. eu sou inteira.
Amor pra mim é diferente dessas coisas. Mas ele me faz rir completamente, e, ás vezes,
o som da voz dele, soa como Miles. Isso me basta.

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