sábado, maio 21, 2005
Sol de manhâzinha, fui á feira, coisa que não fazia há muito tempo.
Depois fui caminhando até a casa de minha prima e no caminho encontrei
minha ex-cunhada e meus sobrinhos. Eles estão grandes, o tempo das
crinnças não é o normal, eles crescem em progressão geométrica.
Parei na moça do Campo de São Bento para comer um chuvisco, acabei nem
comendo, estava sem vontade de comer, estava alimentada de outras coisas.
Ela lembrava de mim; anos atrás sentei com ela, ali mesmo e copiei a receita
em detalhes mas nunca consegui fazer igual. Ela riu satisfeita e eu também
Algumas coisas na vida devem ser insubstituíveis. A senhora da barraca em
frente veio me oferecer panos de prato bordados à mão. Uma casa. Um sol.
Um caminho. Que capricho. Quando fui embora, na última barraca, uma mulher
levantou os olhos de um livro e sorriu pra mim. O livro era de Adélia Prado.
Lembrei de um verso: "Semente. Muito mais que raízes."
Daqui a pouquinho vou pro Rio conhecer amigas de blog :)
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