sábado, março 26, 2005
Eu queria me chamar Bèrangére. Talvez um dia eu faça isso. Me torne uma velha
senhora, dessas esguias - dream on - de olhos doces mas de passado fugidío e
que sempre dá um sorriso indecifrável quando algúem a chama pelo nome.
Bèrangére...Où êtes-vous?
Moraria em Paris e morreria dormindo, como um passarinho. Enfim, isso já uma
outra estória. Talvez um dia eu escreva estórias. Estórias de todas as pessoas
que eu gostaria de ter sido. Ou talvez eu vá ver um psiquiatra pra tratar de uma
síndrome de personalide múltipla, mas isso também, já é outra estória.
Bom, mas esse nome, Bèrangére, pra mim é dos mais belos.
Ouvi pela primeira vez num filme. Round Midnight, que é a música que estou ouvindo
agora. O filme é sobre um pedaço da vida de um saxofonista alcóolatra, Dale Turner e
Bèrangére, o nome da filha de Francis, o francês que consegue trazer Dale de volta a vida,
por um tempo. Quem faz Dale é Dexter Gordon e quem conheceu Dexter diz que ninguém
pode precisar de fato onde começa um e termina o outro.
Bèrangére. Mas, tou ouvindo 'Round com J. Coltrane.
Falando em jazz, lembrei de Glen Gould, vi no QOC, dias atrás, ele canta junto com a música
acompanhando, igualzinho ao Oscar Peterson, mas no caso dele são sinfonias, sonatas, toccatas
allegros, uma coisa. Nem sabia, mas ontem, ouvi com headphone e ele tocava com Yehudi Menuhin,
um cd inteiro e cantava junto, feliz e nas Inventions também. Bom de ouvir. Fico pensando como é que
devia ser a cabeça de um cara assim, que cantava com Bach. Agora, pra terminar, tou ouvindo '
Round com Coltrane mas, a versão do Dexter Gordon é um es-cân-da-lo. Ouve só.
hehehe, quem lé assim, pensa que eu entendo dessas coisas : ) )
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