segunda-feira, março 03, 2008



Teve uma coisa que aconteceu hoje de manhã comigo, quando eu acordei com 50 anos,
que foi como se eu estivesse nascendo novamente. Foi assim pra você também?

sexta-feira, fevereiro 29, 2008



Amora adquiriu casa própria: marinawpontocompontobr :)





Jumping cats.



Fazendo levantamento da história de uma familia, precisando falar com
alguém bacana da maçonaria, se vc conhece, me passa o contato?



Dá pra notar que agora eu 'tou direto no Twitter? Dá né? 'Tou falando igual a telegrama.



Olha que bacana, mande postal pra todo mundo. Postal de verdade, de mandar
pelo correio. Já mandei 4. Um pra China, um pra Finlandia, um pra Nova Zelandia
e um pro Brasil. Esperando ansiosa pra receber o primeiro. Super legal.



Pediram um trabalho pro Egberto Gismonti; ele foi lá, em cinco minutos
resolveu o lance e cobrou tantos dinheiros, então o cliente disse, mas rapaz, tudo
isso por cinco minutos de trabalho!? E ele respondeu: 5 minutos não,
40 anos. Adoro essa história :)

quinta-feira, fevereiro 14, 2008



Cansei, não estou mais gostando de estar de férias enquanto todos
trabalham, mas não quero procurar trabalho, quero que ele me ache,
pode ser aí, Universo? Nada que requeira "prática nem tampouco
habilidade". Que seja de meio-expediente e que me pague um milhão por mês.
Pode ser em alegrias, tudo bem.

terça-feira, fevereiro 05, 2008



"Julho 02, 2005. Os aeroportos.

Eu gosto profundamente de aeroportos. Gosto muito de observar gente
nos aeroportos - e de ficar sentado a espera de aviões. Gosto de horários
de aeroporto. Daquele ruído de fundo, do voltear, de gente que parte e
chega, de gente que pernoita nos aeroportos aguardando o primeiro voo
da manhã. Gosto de gente que lê livros, sentada em cadeiras desconfortáveis
ou apenas cadeiras de aeroporto - livros irreais, histórias fáceis, romancistas
de segunda e terceira categoria. Gosto de gente que perde voos e que fica
sentada esperando o próximo. Gosto da Music for Airports, de Brian Eno.
Gosto de iPod nos aeroportos. Gos­to de tabacarias onde se vendem jornais
em línguas desconhecidas e de cidades sem geografia. Gosto de áreas de
fumadores em aeroportos longínquos, de restaurantes banais, desproporcionados,
sem decoração. Gosto daquela simpatia rara do check-in em companhias aéreas
do Oriente. Gosto do som de cidades murmuradas nos altifalantes, como
Denpasar, Darwin, Colombo, Guatemala, Anchorage, São Paulo, Helsínquia,
Montevideu, Porto Alegre.

Os aeropor­tos atraem-me profundamente: gosto de escalas de três horas em
aeroportos distantes do destine final. Gosto de livrarias e de cervejarias de
aeroporto.Gosto da área de fumadores do aeroporto de Singapura, um jardim
com piscina, rodeado de restaurantes, plantas exóticas, ventania que vem das
pistas, o ar tépido e húmido, arrastado - e dos que esperam ali antes de
embarcar para outro lugar desconhecido. Gosto das sanduíches de salmão com
creme de queijo no Harrods do aeroporto de Lisboa. Gosto das livrarias LaSelva
dos aeroportos brasileiros. Gosto da desordem selvagem de Madrid, em plena
madrugada, quando chegam os voos da América Latina. Também gosto da
madrugada do aeroporto de Amsterdão, ao chegarem os voos do Oriente.
Gosto dos restau­rantes, do de Frankfurt e das lojas de compotas e conservas
de Heathrow. Gosto da simplicidade comovente e fria do de Keflavík, na Islândia.
Gosto da sensação absoluta do fim do mundo anunciado em Gandem, na Terra
Nova canadiana - e dos pântanos que se vêem do ar, em pleno crepúsculo.

Já passei noites em aeroportos vazios, como na Cidade da Guatemala. Já adormeci
em aeroportos cheios de gente, embalado pela passagem de gente perdida ou
apenas procurando um voo, um destino, uma cidade de painel electrónico, um
mapa turístico de tabacaria, um jornal de há três dias.

E há essas coisas que se levam de aeroportos: revistas, roupa amarrotada, o
cheiro de uma viagem por fazer, uma sanduíche que é igual em todo o lado,
as promessas de amor contrariado, as juras de amor eterno, os últimos beijos,
o primeiro beijo, o derradeiro abraço, lagrimas, um riso aberto, retratos de
cidades invisíveis e que nunca existiram.

E a claridade tranquila do aeroporto do Funchal. O ruído de altitude quando
se chega à Cidade do México. O jazz inaudível quando se atravessa a porta
das chegadas em Nova Iorque, sobretudo em JFK. As melodias. A musica
que é igual em todo o lado, os hits que se vendem nas lojas de discos, os
centros de Internet onde todos navegam no Yahoo ou no Hotmail, as filas
intermináveis do aeroporto de Jacarta. As escalas em Miami. O chão de pedra
do de Estocolmo. A musica dos Madredeus na chegada ao Ben Gurion, de
Telavive. Os pavilhões de madeira e tule em Belize City, depois de uma
tempestade nos recifes. O aeroporto de Ushuaia, na Terra do Fogo, diante
da Antárctida, com flocos de neve caindo sobre o canal Beagle - o que nos
transporta para a imagem de Darwin à proa do seu navio. O de Oaxaca, no
México, e a Canción Mixteca ouvida numa loja de mezcal, tocada por uma
orquestra de marimbas. Os atrasos nos aeroportos de Cabo Verde. O ar
sufocante na chegada a Moçambique, irrespirável. A tepidez desconfortável e
os ruídos de baratas e de grilos em Bissau, na Guiné. O cheiro de fritos e o
fumo dos autocarros diante do aeroporto de Abid­jan, na Costa do Marfim.
Um voo que parte numa madrugada de Outono aus­tral, em Buenos Aires.
O casal que fica sentado entre passageiros felizes enquanto se aproxima a
hora de o avião de um deles partir para sempre. O rosto e o corpo de uma
mulher vistos através do vidro de uma zona de partidas, aquele ponto de
não-retomo, Os discman, o walkman. O Herald Tribune de fim-de-semana.
As escovas de dentes descartáveis. As coisas que amamos de um aeroporto,
um rosto visto através do vi­dro, as despedidas breves."

in Outro hemisfério – Revista Volta ao Mundo – Julho 2005

Amo esse texto, deixei lá no Twitter mas resolvi trazer pra cá.
Lá é tudo muito rápido. Parece que aqui fica pra sempre.

quarta-feira, janeiro 02, 2008



Vinyl Sleeve Heads.



Veja bem, me deu uma saudade daqueles caramelos do D'Angelo de
Petrópolis. Será que ainda existem? Isso não é nada, pior é sair
procurando pelo Rio de Janeiro, alguém que faça um biquíni de crochet,
- no meu caso agora, um super maiô. Isso é uma situação na vida da pessoa:
quando a gente começa a querer as coisas que viveu nos anos 70.
Vou fazer 50 anos esse ano, já devo estar fazendo o caminho de volta,
hein? Se, qualquer dia desses você me encontrar na rua de bata
indiana, aja naturalmente, por favor.

segunda-feira, dezembro 31, 2007



Telegrama. 31. Depois de assistir a São Silvestre, vou para a praia,
fico em Ipanema até amanha. Natal foi bacana, primeirão na nova casa,
um luxo. 2008, dizem, será regido por Marte mas, na real, pra essas
coisas, o ano só começa em março. Mas, olha, tenha consideração,
delicadeza, diga boas palavras, se for brigar, que seja confronto aberto e
digno, não seja maldoso num ano Marte, o que se perde num ano Marte
é definitivo. 2008 é um ano 1. Mande ver nos novos começos, quem
encarar, leva, é o ano de se ter coragem, segundo minhas fontes :)

No mais, música para dar o tom do clima que está
fazendo nesse meu Rio de Janeiro. Stay cool and stay wonderful, pessoal :)




beijosssssss.

segunda-feira, dezembro 10, 2007






TED. Meu último brinquedo preferido. Aí em cima, 23 minutos de delícia.



Lista de presentes 2:
O Brasileza. Um vidro de White Linen Eau de parfum, de Estee Lauder.
Um pedômetro. Essa camiseta. Só.



Segunda-feira. 13:35. Listas, listas e listas. Final de ano cheio
principalmente de coisas que não fazia há muito, muito tempo,
porque há muito muito tempo nós não tinhamos uma casa só nossa.
Semana que vem, pintamos o apartamento. Um dos privillégios da
vida, que a gente só vê quando está sem dinheiro, são as ações
entre amigos, sabe né? Qual a graça em contratar uma equipe de
reforma e um decorador? Não. Isso é muito sem alma. Nada como
um dia festivo com aquele monte de amigos dentro de casa, pintando
suas paredes enquanto você faz uma comida no fogão. É praticamente
levantar u'a laje, só que, no caso, em vez de feijoada e cimento, é risoto
e tinta Suvinil. N'é não? Tudo bem, eu 'tou sacaneando. Queria uma equipe
aqui resolvendo tudo e me chamando em vídeo conferência enquanto eu
me refrescava no Spa convidando todo mundo. Meus amigos também quereriam
mas, você entende o sentido, não? E minha casa estará linda no Natal e no
Ano Novo, e, por causa da reforma, vai ter festa e nós todos, partícipes de
um novo começo de vida, vamos poder dizer, não pró-forma, mas sim, feliz,
de verdade. Agora sério, o que é melhor do que isso? Agora sério, daonde eu tirei "partícipes"? Putz.

sábado, dezembro 08, 2007







Salada do Sábado:

Aproveito que é época de pêssegos, que além de estarem lindos e
suculentos, estão superbaratos nos Hortifrutis; um maço de rúcula,
pêssegos cortados em quatro e grelhados - assim, para um maço de
rúcula, dois pessegos -, lascas de queijo parmesão, e para quem gosta,
bacon ou copa ou presunto parma, coisas do tipo. Azeite, limão, vinagre,
(balsâmico é melhhor mas se não tiver, tudo bem), sal e pimenta, pode
usar um pouco hortelã, que faz parte da receita original do Jamie Oliver,
eu não gosto, uso um dentinho de alho no azeite e pronto. Envolvo a
rúcula no azeite já misturado aos outros temperos, misturo aos pessegos
grelhados e por cima arrumo as tiras de presunto e as lascas de
queijo parmesão. Acrescento mais um pouco de azeite puro por
cima e pronto. Aqui, depois, vai rolar um pavê de alfajores. Quer
a receita?



É assim, você vai lá na sua vida, mas você sabe que a pessoa vai
estar sempre lá. Momento de se sentir um pouco mais sozinha
na blogosfera.



Speechless

quinta-feira, dezembro 06, 2007





Laços.


Agradecida, Claudia :)



Lista de presentes 1:
Tenis, qualquer um sem ser Nike, o preto básico.
Um mp3 do camelô, sério, não fica triste comigo não
mas não gosto do Ipod, não. O livro dificílimo do Veet
Vivarta que encontrei no Sebo da General Polidoro
"O Caminho do Mago", uma agenda de 2008, de couro
fake vermelho - sempre que posso, nada de couro de verdade -
só que essa não precisa, já comprei, mas vou colocar na árvore,
mesmo assim. Só.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

domingo, dezembro 02, 2007



Imagine um silêncio profundo. Sinta que vc está num universo de silêncio.
Agora imagine que as mãos cálidas do universo envolvem seu corpo físico
de tal forma que vc se sente inundada pela permanente sensação de
segurança e paz e certezas. Você não precisa de ninguém, nem de nada,
você, só é. Agora imagine uma dança. Imagine que você dança com o universo
e o universo dança em você. Passam-se as eras e vc dança, vendo tudo
como se fosse na máquina do tempo; passam-se as eras glaciais, vivem as
florestas, depois desertos, florestas novamente e mais uma vez o gelo tomando
conta de tudo e vc lá, dançando com o universo. A consciência integral, o
conhecimento direto, o prazer de só existir e sentir que o tudo que faz vc
existir, respira em você. Agora bate com a cabeça no vidro da janela do ônibus,
no meio de Copacabana, pq ele freou rápido por causa do carro do Bope
perseguindo os assaltantes e vc tem catar seu guarda-chuva que saiu
rolando pelo chão e, ao mesmo tempo, abaixar por causa do tiroteio e dar o
sinal pra saltar no próximo ponto. Faz isso só, pra você ver.

sábado, dezembro 01, 2007



Utilidades Públicas da Angela:

Dia 5 de dezembro ás 19 horas no auditório do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais do Município do Rio de Janeiro – Rua Evaristo da Veiga,
16, 17º andar, Cinelândia, será exibido o documentário Abaixando
a Máquina – A Ética e a Dor no Fotojornalismo
. O filme fala do cotidiano
dos fotojornalistas cariocas diante do dilema de retratar situações de
forte e doloroso conteúdo emocional, capazes de gerar conflitos de
natureza ética no momento de optar (ou não) pelo clique. Um monte
de fotojornalistas maravilhosos participam. Pra mim, imperdível.


Da série, peraí que agora é sério : issonisso ó.