terça-feira, dezembro 17, 2002






Adoro leques. Tenho alguns que herdei de minha avó, mas que não são usáveis. São muito antigos,
com pinturas que reproduzem damas na iminência de um desmaio ou ilustrando o que parece ser
uma caça a raposa e eu sou contra:)) mas de minha avó ficou o costume, o ensinamento e as histórias
de códigos de flerte. Sim, coisas misteriosas como, leque fechado o rapaz não podia se aproximar,
leque aberto podia, abanar rapido queria dizer que sim...entre outras coisas engraçadas que de vez
em quando uso como piada particular:)
Tenho outros, um de bali, um japones que parece mais uma barraca de praia, um espanhol, que é
muito bonito, muito, mas é preto, então não dá pra usar por aí, no dia a dia; imagine, eu de saia de
florzinha, tamanco holandes, camiseta branca, mochila e leque preto de renda, não dá :))
Mas tenho um que é meu xodó, que quando entra setembro ele vai pra minha bolsa e só sai no
iverno, ás vezes nem:). Comprei na Rua da Alfandega por 1,99 :) Ele é de madeira recortada e tem
um penduradinho vermelho, até hoje tem o cheirinho do meu perfume, Mitsouko de Guerlain, que não
compro há uns três anos.. A Maison foi vendida pararam de enviar pro Brasil, quando voltaram a vender
por aqui, veio com um preço daqueles, então fui ficando com a lembrança do perfume no meu leque : )
Antigamente ficava todo mundo olhando e confesso que me sentia constrangida. Hoje em dia não abro
mão. No verão então, impensável ficar sem ele. Ás vezes implicam comigo, dizem que não é moderno,
nem ligo, leque é elegante. Quanto a não ser moderno bem, talvez eu já viva mesmo em outros tempos,
pois além de leque eu adoro luvas. O clima não pede mas adoro luvas. Luvas e chapéus. E pérolas,
adoro pérolas : ))


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