sábado, dezembro 14, 2002





Vivi não fica chateada comigo não mas, não esperei sua resposta pra postar.
Isso é muito bom pra ficar só pra mim.:)

"Então...

ando numa fase culinária (esta história minha de fases já está me dando no saco), testando temperos
indianos, receita de pão de batata de Pedra - negra luzidia, de peito farto, que alimentou minha infância
com histórias, amor, fantasias e pães de batata.

Acordo, descuido da casa, converso com as plantas, cozinho. É um modo de estar comigo mesma, um
prazer. Descubro quantidades, combinações e cheiros o tempo todo. Ainda ontem fiz um jantarzinho em
casa. Encontro de velhas comadres, um Moghlai pra apimentar a conversa e soltar os intestinos.

(Descobri uma coisa sobre mim mesma. Tenho uma certa mania de decidir o
prato que vou fazer a partir de temperos. Assim: hoje no almoço eu queria noz moscada. Fiz todo o
almoço pra combinar com a noz moscada que temperou a carne. Será que isso rima com eu ter me
apaixonado tantas vezes por uma nuca, um sorriso, um jeito certo de falar uma palavra?)

Aí resolvi fazer um caderno de receita, juntando todos aqueles rótulos de leite Moça, jogando todos
fora, e escrevendo no caderninho só o que já fiz, já testei, e gosto de fazer. A primeira receita é
nega-maluca. A segunda café colonial.

Uma amiga que me lê nas entrelinhas me deu de presente o livro O Homem que Comeu de Tudo,
do Jeffrey Steingarten. Comecei ler hoje, e passei a tarde com ele. Te conto depois.

E por uma estranha irmandade cósmica que nos une, abro o t.i., depois de uns dias sem internet,
e você criou um site de receitas. Shakespeare estava certo.

Parabéns pelo site.

Um beijo,
Vivianne "


Beijo, Vivi:)


E Marina passeia pelos Cadernos de Leonardo. O Da Vinci.




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