segunda-feira, março 31, 2003
Gente que dia lindo! Eu queria ter uma camera agora, pra fazer uma foto e voces verem como está aqui
atrás da casa. Essa luz de outono, que bate oblíqua, levinha e brilhante, as árvores estão verdes brilhantes,
o céu claro, azul claro e profundo. Está tudo verde, amarelo e azul, presente, visível, translúcido. E esse
ventinho então? Delícia.:) Não, não tomei nenhuma droga e não, eu não esqueci de todas as nossas
guerras. Mas, apesar de tudo, bom dia galera! E bom trabalho nessa segunda sem lei, que a gente enfrenta
toda semana. Tou feliz sim, mas eu já acho que tou sentindo felicidade adulta, que incorpora os sofrimentos.
Vamo'nessa, vive aê : ))
domingo, março 30, 2003
De Nelson:
"O Ulisses, cunhado do Mirandinha, que dá as caras de vez em quando na Praia (e que, segundo este,
"é dotado de um intelecto ligeiramente mais marombado do que o meu, chegado"), me sai com esta:
- Mermão, nessa questão do Iraque, se estiver rolando guerra química, por enquanto é no cérebro do Bush:
um neurônio não quer trabalhar e o outro não sabe o que fazer. Dá curto feio nas sinapses...
Aplaudo veementemente, enquanto o Mirandinha me chama num canto e pergunta se sinapse não
é resumo de novela."
:)))
sexta-feira, março 28, 2003
..."O peso imposto por não corresponder ao padrão de beleza vigente é muito grande. E no fundo, não
importa se a mulher é belíssima ou não, o que importa são os valores que ela tem dentro de si e a
quantidade de amor e prazer que ela pode dar ao homem que ama. Isso eu tenho de sobra. No
entanto, nunca me achei digna de ser amada, justamente porque via em mim uma feiúra que não
existia. Agora eu estou de bem comigo. Espero que, através dos meus textos, das minhas fotos,
outras também possam ficar. Seja elas gordas ou não, flácidas ou não, com estrias ou não, malhadas
ou não, que descubram que a beleza delas está lá dentro, é só colocar pra fora."
De Rossana á respeito de sua campanha para a liberação dos seios, no Wumanity.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra mas, pensei que seria legal, se algum fotografo fizesse um
ensaio com o tema e leiloasse para a continuidade da campanha do Lucas não?
quinta-feira, março 27, 2003
"Certa manhã acordei e decidi olhar pela janela, para ver onde estávamos.
Estavamos sobrevoando a América e, de súbito, vi neve, a primeira neve que víamos em órbita.
Luz e pó, a neve se confundia com os contornos da Terra, com o veio dos rios.
Pensei: outono, neve – as pessoas estão se preparando para o inverno.
Alguns minutos depois, sobrevoávamos o Atlântico, depois a Europa e, então a Rússia.
Eu jamais visitara a América, mas imaginei que a chegada do outono e do inverno é a mesma,
tanto lá como em outros lugares, e o processo de se preparar para eles é o mesmo.
Então percebi, de repente que somos todos filhos da nossa Terra.
Não importa o pais para o qual olhemos. Somos todos filhos da Terra e devemos trata-la como a nossa Mãe."
Cosmonauta Soviético Aleksandr Aleksandrov em "The Home Planet".
Reprise.
quarta-feira, março 26, 2003
Ouvindo Tom. Passarim quis pousar não deu voou...
Só muito tempo depois me toquei que toda vez que eu cantava essa música, Felipe ficava muito
triste. Não era pra menos. Ele tinha três anos e o passarinho não podia pousar por causa do tiro
que partiu mas não pegou, mas depois pegou, quem pensa que uma criança não sabe o que é
perguntar pro passarinho, porque que eu também não fui feliz, cadê meu amor, minha canção...?
Ninar uma criança com passarinho de asa quebrada e mas outras coisas duras da vida...? ai, ai.
Mas a melodia é tão linda, tão linda! Primeiro filho: são uns sobreviventes, a gente faz tudo pra
traumatizar os bichinhos.
De qualquer forma, ele tem ótimo gosto musical hoje em dia :))
Por falar em Tom, Chansong não é uma delícia?
Un, deux, trois...Me sinto uma rica num mundo que não existe mais. :)
terça-feira, março 25, 2003
"Muitos fotologs estão publicando fotografias das manifestações anti-guerra nos EUA.
Esse aí, o Uttlog, de São Francisco, tem várias.
Outros fotologs com fotos sobre os protestos:
KDunk,
bunnyrivera`s California,
dogseat`s anti-war,
sk8rsherman,
factoid,
Einstein Was Right,
Where the planet makes fun of g.w.."
Copy&Paste descarado do Contexto da Descoberta. :)
update: "Oi, tem mais um: O mundo é contra a guerra. Estou reunindo nele as fotos que
saem nos jornais sobre os protestos anti-guerra.
Abraços, Chris."
Valeu Chris, bem vinda : ))
segunda-feira, março 24, 2003
sábado, março 22, 2003
Alguém deu voz e nome ao meu ímpeto de fazer arakiri toda vez que preciso falar
com a NetCabo: A praga do gerundismo. : )
update:
Campanha da Dani, dica do Thiago
Eu disse que não ia mais falar de guerra mas tive um sonho ruim hoje á noite. Acho que foi por dormir
com a televisão ligada na CNN. Acordei com explosões, sonhando que o Sadam tinha deixado todo
mundo entrar bem quietinho, dando um mole aqui, jogando uma iscazinha ali, deixando os americanos
ficarem bem á vontade com a enorme superioridade deles e que depois, quando todo mundo já estivesse
cantando vitória, ele explodia 4 bombas atômicas em pontos estratégicos do Iraque. Os duzentos e
cinquenta mil americanos mas os aliados e mais o país Iraque e tudo em volta, viravam uma grande e enorme
cratera. Se ele não ia vencer então ninguém ia ficar com o que era dele: O mundo!!! hahahahahhahaha!!!
eu ouvia a risada insana. Acordei com o maior medo. Então ele explode o mundo e o resto do mundo culpa
os Estados Unidos por tudo. Os Estados Unidos acuado, declara guerra contra o resto do mundo. È a terceira
guerra mundial!! Agora eu leio no jornal o pessoal que entende dizendo que ele está muito quieto.
A impressão que eu tenho é que ele está fazendo uma espécie de Cavalo de Tróia ao contrário.
Você há de concordar comigo: posso ser uma pessoa cheia de esperança no futuro mas quando resolvo ser
paranóica hein?
Taí. Já tenho o nome para o meu negócio: Esperança & Paranóia Levantamento de Dados, Esperança &
Paranóia Calçados e Bolsas, Esperança & Paranóia Empreendimentos Imobiliários, Esperança & Paranóia
Consultoria Gastronômica....
"É estranho quando alguém incorpóreo por natureza se dilui pra valer. É esquisito o amigo virtual chegar
ao extremo da virtualização: sumir, mas levando teu afeto junto. Só a falta do amigo virtual é palpável,
dimensional, material. É o sumiço do nunca visto, deixando visível na alma da gente a saudade que vai
durar quem sabe pelo resto de nossas vidas reais." Sexta-feira, Março 21, 2003
Nelson Moraes fala sobre amigos:) Para ler tudo.
sexta-feira, março 21, 2003
Delícia: Ina criou junto com amigos o Virunduns, trocando de biquini sem parar : )
Pior que eu também cantava assim:.. Na madrugada vitrola rolando um blues/ Trocando de
biquíni sem parar/ Sinto por dentro uma força virando um blues/ A energia que é mana de todo
prazer...hehehe...Sabe um lance assim, Itacoatiara, verão, amigos baianos...?
Ri muito com o Virunduns dos outros : )
"Tenho lido muito sobre angústia, depressão e morte nos blogs por aí nesses dias,
o que não é de se estranhar com esse clima de machado pendente sobre a cabeça da
Terra. Mas tenho pensado muito é na vida." De Hilda: ). Leia mais...
Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação.
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
Nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.
Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização.
Falamos a sua língua mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa.
Não sorrimos à toa.
Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação.
Não temos perspectiva, mas o vento nos dá a direção.
A vida que vai à deriva é a nossa condução.
Mas não seguimos à toa.
Não seguimos à toa.
Volte para o seu lar,
Volte para lá
Volte Para o Seu Lar. Arnaldo Antunes.To Bush with love. Just in case.
quinta-feira, março 20, 2003
Hoje estava no Google fazendo uma pesquisa sobre imagens e caí num bolsão de blogs refinadíssimo.
Primeiro conheci o Pure Phase. Tem muito mais por lá mas escolhi o
Emese e os links do Emese, onde tem ótimos links pra fotografia, uma coisa!
E encontrei esse também pelo qual me apaixonei: :)) Se eu tivesse uma camera tirava
uma foto do céu de outono no Rio e enviava. Aliás o céu de outono é lindo no Brasil
inteiro. Quem manda uma foto pra lá?
Eu já disse isso antes, tou precisando dizer de novo:
Eu gosto de ...”gente fina, elegante, sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não.”
Gosto de pessoas que vivem através de seu trabalho, que trabalham pelo exercício de melhorar, gente
que primeiro é humano, depois é identidade social: gente que aparece pelo seu trabalho. Gente que não
quer ser maior que seu ofício.
Eu gosto de acreditar em generosidade, gosto de acreditar que existem pessoas encorajadoras, que
estão aí pra construir, elevar, facilitar, apoiar, servir de continente, que formam uma rede de segurança
pra não deixar a humanidade cair no abismo.
Gosto de acreditar na universalidade da vida, gosto de acreditar em sincronia, sintonia, o padrão que liga,
olhares refletidos, harmonia, reverberação, transformação, evolução.Gosto de acreditar em empatia,
simpatia, inteireza, desprendimento, simplicidade, inspiração, entusiasmo, benevolência, confiança,
serenidade, imaginação criativa. : ))
Peace Org. Blogs. Vi no Nando, me inscrevi, ainda não apareço não sei porquê. Não importa. Vai lá : ))
quarta-feira, março 19, 2003
terça-feira, março 18, 2003
São 23:38. Acabei de perder trinta e quatro páginas de trabalho que não salvei e faltou luz. Não fale
nada por favor. Amanhã vai ter sol tenho certeza. Tem estrela. Meu gato Negopreto, vulgo Nhónhó,
fica pegando meus dedos enquanto digito. Imagino que isso deva acontecer com todo mundo que tem
um gato vivendo na mesa acima do teclado. Ele fica ali, entre o teclado e a prateleira do monitor. Nhónhó
adora ser gato. Acho que ele pediu pra vir gato. Mas se você quer saber, acho que ele já foi cachorro.
Eu chamo, ele vem, abana o rabo, arfa e quando é pra brincar, é brincar de jogar um bichinho de pelúcia que
ele sacode igual ao retriver que tem aqui do lado. Fiquei lembrando de coisas completamente nada a ver
umas com as outras. Jung explica. Lembrei de uma bata indiana que eu mesma fiz junto com Inês, que
tinha uns espelhinhos dentro de uma rodinha de crochê e vai entender porque isso me lembrou o primeiro
Colunistas que eu fui na vida, Olivetto de gravata de notas musicais, Nizan tinha vindo pra Artplan, era a
cara do meu exmarido deus me livre. Fiquei decepcionada. Achava que o cara que tinha sido o mais criativo
de todos, tinha que ser grande. Eu estava de salto doze ele batia na minha cintura o W.O. Mas foi simpático.
Me lembro que depois usei a mesma roupa no casamento da meia irmã da minha meia irmã. hehehe, Família
moderna. Lembrei do sol das três horas no vidro da porta da cozinha na Alvares de Azevedo, Titina, o nome
o nome verdadeiro dela era Rita, começando a preparar a mesa do lanche. Ainda dá tempo de fazer bolo.
Na casa da minha avó comia-se o dia inteiro. Tinha o lanche ás quatro horas, o jantar e a ceia. Tudo era em
torno da mesa. A ceia era ás 11 horas da noite. Chá com leite, torradas, lembranças de família, minha avó e
tetei cantavam a La Marseillaise no jantar, ...Allons enfants de la patrie, Le jour de gloire est arrivé...Eu achava
uma situação completamente surrealista, hoje me dá vontade de chorar. E então me lembrei do rosto, da
expressão na foto que saiu no jornal, da mulher do Paulo Francis quando ele morreu. Quanta dor. E tinha
mais alguma coisa ali, uma emoção nova, que eu não tinha visto. Uma espécie de clareza, sei lá. Tetei falava
dos negócios da família, das mágoas, das diferenças, vovó do coração, da esperança e dos filhos. Ela falava
de esperança depois de enterrar dois filhos. Sempre que eu me lembro de vóvo eu me lembro da mulher do
Ziraldo. O Ziraldo na tv dizendo que ela era quem segurava todo mundo. Vovó foi igual a mulher do Ziraldo.
Manteve aquele bando de gente louca unida até o final. Ás vezes eu olhava pra ela, quando tinha dezoito
anos e ficava pensando no que fazia uma pessoa sempre colocar outra antes de si mesma. Sempre.
Hoje eu sei.
Não vou mais falar de guerra. Todo o meu amor, compaixão, empatia com a dor de todas as mães iraquianas,
australianas, americanas, israelenses, brasileiras, palestinas, angolanas, kwaitianas, japonesas, americanas,
as mães de todo o planeta que sonham com felicidade pros seus filhos e os vêem mortos, por bomba, por droga,
por óleo, por nada.
Guerras deveriam ser travadas por quem as declara.
Rosana publicou no Querido Leitor, uma foto do Bush na tv, com um reflexo que parece com o de um flash mas,
na verdade é o momento exato em que os ETs implantam um chip na cabeça dele...hohoho..
De minha parte acho que foi o contrário. É o exato momento onde os ETs tiram o chip,
porque nem com chip deu jeito :))
Pelo QL, também fiquei sabendo que têm blogueiros no Iraque.
segunda-feira, março 17, 2003
Segunda feira de manhã, trabalho atrasado:
"Senhora, não vou estar podendo efetuar a troca de seu provedor no momento, pois estamos tendo problemas
de conexão na região oceânica. Se a senhora puder estar ligando mais tarde para um de nossos atendentes,
nós vamos poder estar fazendo a troca. Deseja mais alguma informação?"
Eu queria estar podendo fazer arakiri nesse momento.
domingo, março 16, 2003
Essa coisa feia que aconteceu com o Pedro Doria, pra mim, foi ótimo. Primeiro que fiquei sabendo da
matéria que originou tudo e li - me sobra pouco tempo pra esses luxos ultimamente - depois essa é
uma boa noticia. Pelo menos eu, Angela, acho melhor viver num planeta dominado pelo Euro do que pelo Dólar.
Se eles ditam a moeda também ditam a cultura. Europeus têm o sentido de humanidade mais parecido com o
nosso. Bom, verdade é que não acho bom o planeta ser dominado é por nenhum país. Deveríamos viver todos
numa grande cooperativa sem fronteiras, onde a moeda fosse planetária e não fosse dinheiro e não houvesse
passaporte e quando, em algum lugar estivesse ruim, quem estivesse melhor corria pra ajudar e não pra tirar
partido na situação mas...hahaha, hohoho, hehehe...Já me dou por satisfeita de ter algo parecido aqui no
quarteirão onde a gente, ás vezes, pega fiado no mercado, ajuda o vizinho da frente e entra na casa do outro
sem precisar ser anunciado. :))
sábado, março 15, 2003
Momento tem gente falando o que eu tou pensando:
"Manifesto Pé no Chão: Ao terceiro setor no Brasil e coisas semelhantes.
Ralf Rickli*
De repente me vem a imagem de meu pai, saído da roça e formado médico depois dos 30, comentando
pensativamente aos 50 a sentença que lera em Tolstói: "ser pobre em um país de ricos é uma vergonha -
porém ser rico em um país de pobres é um crime..."Não duvidei: era o óbvio. Mas nunca achei que as
receitas tradicionais, nem da direita nem da esquerda, dessem conta da realidade. Professores politicamente
avançados também podem ser mortalmente chatos, destruindo nos alunos todo prazer de conhecer - e sabemos
quantos desastres tanto o Oeste quanto o Leste impingiram ao meio ambiente. Por isso sempre fui atrás do
alternativo: no conhecimento, na agricultura, na educação, na administração...
Nessa busca fui parar na Inglaterra, onde deparei com Judy Hurley (depois Bloomgardener), egressa de quantos
movimentos alternativos norte-americanos se possa imaginar: anti-nuclear, feminista, de agricultura orgânica...
Assim que voltei, minha mestra quis conhecer o Brasil. Preparei cuidadosamente uma agenda visitando tudo o
que me pareceu alternativo no novo país (pós-abertura Geisel) que eu encontrara. Judy passou zunindo por tudo
aquilo e poucos dias depois estava profundamente envolvida com as Comunidades de Base da época (1982) -
que me pareciam então de um esquerdismo tão convencional e pouco... "alternativo"...Diante da minha surpresa,
Judy deixou claro entender que uma alternativa que não se referisse à absoluta maioria da população do país
não era alternativa nenhuma, era pura imitação de modelos externos. Seu trabalho, na realidade norte-americana,
havia sempre sido política de base. A política de base aqui seria outra, de acordo com as urgências locais.
(Depois disso Judy coordenou por alguns anos o movimento Abraço, nos EUA, pelo cancelamento da dívida do
3.º Mundo, antes de se assentar como terapeuta de refugiados...)
Revejo o caminho mais uma vez: 1968, eu, com 11 anos, olhando fascinado de longe as cores do movimento
hippie... Depois, com 20 e pouco, me engajando quando esse já tinha virado "movimento alternativo"... Pra me
contarem, aí pelos 40, que eu era parte do "terceiro setor": iniciativa da sociedade civil com objetivos sociais.
Hoje não dou conta de ler os inúmeros boletins e anúncios de seminários que me prometem ensinar como cuidar
do Terceiro Setor com as ferramentas da Administração de Empresas - ou então como cuidar da Administração
de Empresas com ferramentas, digamos, alternativas (p.ex. meditação). Tudo incrível, maravilhoso. E inacessível
a quem vem há anos tentando desenvolver, no nível do chão,"sem parentes importantes e vindo do interior",
alternativas reais para jovens que encontram limitações econômicas na sua busca de desenvolvimento humano
integral...
Colegas: pelo menos 85% dos brasileiros, 145 milhões, "encontram limitações econômicas na sua busca de
desenvolvimento humano integral". Sim, não menos - se isso inclui, p.ex., um bom psicoterapeuta, um ensino
inspirador, um pão integral sem resíduos tóxicos... um bom seminário sobre cooperação. E as alternativas
maravilhosas que cintilam na Internet, atingem a quantos deles mesmo? Ou, mesmo que pretendam, quanto
do investido chega ao nível do chão, quanto fica pelo caminho remunerando a tão decantada profissionalização
do terceiro setor? A qualidade dos serviços sociais profissionalizados agora encanta nossa sociedade esclarecida -
na forma de balanços e relatórios bem escritos! Quem vai lá conviver com os atendidos alguns dias e sentir a
qualidade do conteúdo do trabalho? Os meios adoram tomar o lugar dos fins, e o acessório custa várias vezes
o essencial. Pois já o "investimento" requerido pelos cursos que prometem ensinar uma pessoa a gerir adequadamente
a relação custo-benefício nas iniciativas sociais, esse investimento é com freqüência um múltiplo qualquer do valor
com que a iniciativa, de um jeito ou de outro, fazia mensalmente o milagre de atender umas dezenas de crianças,
ou algo assim. Quanto altruísmo da parte de profissionais que deverão abrir mão da maior parte do retorno desse
investimento! Ou... ?
Pois é, uma suspeita chata insiste em zunir em volta da minha cabeça: essa tal profissionalização do terceiro
setor não seria apenas um mercado de trabalho alternativo vislumbrado pelos profissionais da área econômico-
administrativa, pressionados demais no seu próprio setor - porém menos preocupados com os efeitos sociais
últimos de sua atuação que com o preço da banana no interior da Nova Guiné? Mas não, não, imagine se uma
coisa dessas seria possível, longe de mim tal interpretação maldosa! De um modo ou de outro, fica cada vez mais
difícil, a simples cidadãos que quiseram tomar uma iniciativa social, conseguir realizar alguma coisa, ou mesmo
sobreviver, nesse mundo tão profissional! Não dá mais pra ser cooperativo a não ser competitivamente!
Mas como sempre houve gente estranha nesse mundo... ainda estamos aqui... sapo cururu... na beira do rio...
à espera de colaboração... da cessão de uso de bens, como sempre cedemos... da doação de serviços, como
sempre doamos... ou de sua execução por remuneração simbólica, como a que qualquer professor de escola
pública recebe mês após mês... fazendo de um modo ou de outro nossos pequenos milagres... neste país
exótico aqui embaixo, onde ainda se anda com pés no chão.
(Obs.: será que alguém mais anda pensando nessas coisas? Fiquei curioso!)
*Ralf Rickli, 46 anos, educador extra-escolar desde 1976, desde 93 desenvolve na
prática a Educação Convivial, em torno do que se constituiu a Associação Trópis,
de cujas atividades é hoje Coordenador Geral e Pedagógico. E-mail rr@tropis.org .
Este texto é divulgado por iniciativa pessoal, e não da Associação Trópis. "
Peguei o texto na FundBr, lista de discussão de Captadores de Recursos, na qual me inscrevi
numa época em que trabalhei nessa área. Vivi exatamente essa situação, é claro que numa dimensão
muito menor, mesmo porque, minha experiência nessa área não durou dois anos, mas minhas iniciativas
foram, em grande parte, dificultadas por essa falta de "profissionalismo" de minha parte. O que me pareceu
uma contradição. O que traduzi como "Terceiro Setor", era a sociedade atuando numa situação onde o governo,
o Estado, não tinham iniciativas ou elas estavam presentes mas não o suficiente. Então ia lá o cidadão, buscar as
soluções e recursos para resolver aquela situação ou ia lá o cidadão apresentar a sua idéia para pessoas que
estivessem preocupadas com a mesma questão. Claro que nesse caminho, aprender determinadas linguagens
ou ter o conhecimento de quem com dinheiro ou influência, pudesse ajudar nessa realização, tanto melhor,
economizava tempo. Saber escrever um projeto também era bom negócio. Mas o que encontrei foi uma espécie
de profissionalização que fechava portas, já infiltrada na possibilidade de ter acesso aos patrocinadores e que
me deixou bastante confusa. Terceiro Setor, pra mim, sempre ficou mais fácil de ser definido pelo que ele não é.
Terceiro setor não é status quo, não é governo, não é empresa. O que poderia ser um ponto contra .- é bom a
gente ser definido pelo que é, e não pelo que não é: )) - pra mim é onde reside, ou residia, a maior força desse
meio e que o "profissionalismo", a burocracia, ter que começar a tomar atenção aos mesmos jogos de poder de
sempre, o descaracteriza. Enfim, unir, unir a sociedade em torno de um projeto que a melhore, sim. União.
Unir, sim, profissionalizar? Contraditório. Pra mim é esquisitão. Não vou deixar de fazer minhas coisas, quando
rolar uma idéia ou quando me solicitarem ajuda e sei de algumas pessoas que conseguem furar esse bloqueio.
Mas essa coisa "profissional" de terceiro setor já está instituída e é ruim, porque quem está super a fim de resolver
uma situação social urgente ou abrir novas frentes, não tem tempo, nem dinheiro, nem cabeça pra ficar fazendo
trocentos cursos para que sua proposta e seu projeto ou a sua pessoa sejam aceitos como legítimos.
.Acho que rola um quarto setor por aí. Eu ia gostar:)).
Coloquei a data do meu aniversário no BlogChalking. Ficou assim:
"Angela,Aniversary: March, 03/Female/41-45. Lives in Brazil/Rio deJaneiro/Niteroi/Pendotiba,
speaks Portuguese. Spends 60% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection."
Google! Daypop! Blogalize!! Blogstreet!! Blogdex!! Toplinks!! etc...Será que tem problema? : )
quinta-feira, março 13, 2003
Por falar em micróbia, olha que legal que eu peguei na Carminha:
Quem é voce no Ecossitema da Blogosfera :))
Fui indo, fui indo e o comentário virou post.
"Angela, acho que com essa guerra que vem por aí todos nós vamos virar iscas. :P
Inagaki (@) (w) em 12/03/03 20:05"
Isso é ruim, né Ina? Fora o constrangimento de se achar livre, que pode ir e vir, autônoma, e descobrir que,
na hora do vamos ver, é mais uma na massa de manobra. Uma micróbia. Eu fico pensando se tem algúem
no mundo que se lembre de um tempo onde o justo, o cooperador, o receptivo prevalecia. Qual época da história
ou qual economia ou qual lei cósmica que serve de referência pra gente saber que esse estado de coisas, que
se repete e sempre se repete é o injusto, o desigual, o desumano? Nâo me lembro de ter vivido em outro sistema:
o medíocre, as razões mesquinhas, prevalecem com uma constância que afronta qualquer certeza de fraternidade,
igualdade e liberdade e no entanto, não há como não se guiar por esses valores, parece genético. Essa é uma
questão que me persegue. Talvez seja a pergunta da minha vida inteira (será que o dia em que eu obtiver a resposta
eu morro?:) Se a gente sabe o que está acontecendo, se tem consciência ou pelo menos a noção de que, o que
está ali, á nossa frente, é falso!, de que as razões que regem áquela situação não são legítimas, legitimidade essa,
que não é baseada nos valores de uma cultura só, mas baseada nos rituais da nossa espécie e em seus valores
universais - eles existem no mesmo nível do bocejar ou rir ou chorar - porque mesmo assim, a gente sempre fica
imobilizado na perplexidade e deixa acontecer? Por que o Paulo Coelho e o José Sarney, com aquele monte de
marinbondos, estão na Academia Brasileira de Letras e o Mario Quintana não? Por que a gente é condescendente
com quem é honesto e respeita o desonesto? Em que se baseia essa enorme força da covardia? Por que uma
mulher sem maturidade e autoridade suficientes a ponto de se trocar com gozação de jornalistas, é governadora do
Estado do Rio de Janeiro? Por que que o maleável sofre mais que o rígido, por que o radical sempre vence o liberal,
por que quem bate na mesa é mais respeitado do que quem quer conversar? Por que eu e minha civilização temos
que virar bucha de canhão de um cara com um núcleo psicótico grande o suficiente que, cidadão comum, com certeza
já tinham internado e jogado a chave fora, á revelia de tratamentos mais modernos?
Agora, só falta o Dhomini ganhar o BBB.
Beijo Ina :))
O comentário gerou um post e o post uma resposta:
"Angela, eu acho que este mundo é muito ingrato com quem tem neurônios suficientes para compreender como
funcionam as engrenagens sujas que movem este mundo. Nessas horas, invoco Pessoa -
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
- que descreve, como ninguém mais o fez, o que se passa em minha cabeça.
E nada mais posso desejar aos meus semelhantes, que não seja muita saúde e sorte, para que o Mundo aí fora
não esmoreça ilusões, não esmague projetos de vida, não pulverize a criança sonhadora que ainda esperneia
dentro de algum recôndito dentro da gente, e, principalmente, não atinja aqueles que nós amamos com uma
bala perdida, um pedaço de ônibus espacial na cabeça, uma metástase não diagnosticada a tempo ou uma
agressão gratuita numa esquina qualquer, e nos poupe das lágrimas que enchem de amargura tantas pessoas
boas e honestas que foram vitimadas sem nenhuma razão.
Em tempo, acho que o Dhomini já levou essa parada.
Beijabraço pra ti. E, é claro, SORTE!
Inagaki (@) (w) em 13/03/03 18:02"
Sem chance de não publicar : )
quarta-feira, março 12, 2003
"Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida."
Da entrevista, ainda em Veja, com Adam Phillips. Dica de Bia Badaud : )
Ás vezes eu olho pro blog assim, a frente dele e fico pensando que tem tanta coisa acontecendo e eu
não consigo eleger a mais importante. Tanta coisa, que é preciso dizer, pra eu poder me organizar,
tudo ao mesmo tempo, como sempre acontece quando a gente expande, é o normal, mas como é
muita informação junta, eu acabo travando, igual ao computador de vez em quando. Santa neurose Batman!
Acho que vou reiniciar minha cabeça.: )
"Desde a Guerra do Vietnã, não víamos tal distorção do serviço de informações, tal manipulação sistemática
da opinião pública americana. Seria a Rússia dos Romanovs nosso verdadeiro modelo, um império egoísta
e supersticioso trilhando a trajetória da autodestruição em nome de um status quo condenado?" em Veja.
O Bush vai acabar com os Estados Unidos?
terça-feira, março 11, 2003
Já li o livro, já vi o filme, já vi na televisão. Todo mundo conhece a História e sabe o que está acontecendo.
Sempre achei que se a gente soubesse, não repetiria. Pensei que eu é que estivesse paranóica, afinal, pensa
bem, toda essa manipulação e omissão de informação de forma tão explícita, na cara... Será? Então li o
Danilo hoje de manhã.
Que bode.
Enquanto minhoco pensando num jeito de não virar isca, Ina, : )) cheia de planos pro futuro, as tropas treinam
enquanto esperam. Meu sentimento de impotência diante da guerra é total.
segunda-feira, março 10, 2003
domingo, março 09, 2003
quinta-feira, março 06, 2003
terça-feira, março 04, 2003
Quero deixar aqui um post de beijos, como fez a Ma dia desses. Nunca tinha recebido tantas mensagens
de felicidades na vida :)) Beijos pra todo mundo que deixou parabéns nos coments. Beijos pra quem enviou
mail e cartões engraçados ou cheios de emoção falando de amizade. Beijos pra quem me telefonou. De
perto e de longe. Beijos pra quem nem me conhece e me visitou pela primeira vez e já me desejou tantas
coisas boas. Beijos. Foi um aniversário muito feliz esse ano!! Beijos e meu amor pra todo mundo.
Valeu :))
segunda-feira, março 03, 2003
Essa é a arte de hoje no Pictoblog.
Achei tão bonita essa parte que o Nemo realçou no trabalho do artista.
Parece o meu futuro.
Sandra Varth hoje, abriu uma exceção excepcional e vai me atender para uma hora e meia de
massagem. Tô no céu. Depois, roupa nova, sandália nova e encontrar meu filho pra fazer um japonês, hehehe...
Tô no paraíso.
Depois ir ao Leblon, cinema e tomar um sorvete de pitanga no Mil Frutas e andar até ao Arpoador,
como fazia quando morava lá. E é certo que eu me pegue cantando ...Ceeeeéu de janeiro (março) aberto,
sol dourado na areia, rua cheia, a cidade a se animar...Vai pela rua calma, minha alma está desperta,
entra em cada loja aberta, em cada olhar...Algueeém me vê, decerto é meu amooor, ou só a moça
simples que canta uma canção....nanana nana... E eu entãaaao, que sou tão sóooo...Deixo a cançãaaao...
Ao meu redoooor...Porqueee jamais se ouviu alguém cantar assim, feliz e tão sozinhaaa, no seio da
canção...nana nanana...Céu de janeiro(março) intenso, sol suspenso no céu liso e eu diviso uma cidade
a se aninhar...Vai pela praia antiga, minha amiga tão dispersa, vai sobre o tapete persa do areal...Alguéeeeem
te vê, decerto é meu amooor ou mais, a bela estrela, no céu do criadooor.. E eu entãaao...que sou tão sóooo,
quero esse sooool, ao meu redor, dias assim, sem direçãaao...no céu sem fim, no coraçãaaao...
Bom cantar né? Bom viver. Hoje eu faço 45 anos : ))
domingo, março 02, 2003
sábado, março 01, 2003
Zapp
A gente aqui tem mania de deixar a tv ligada em qualquer canal, quando não tem um programa específico.
Nessas, Velocidade Máxima já passou umas 18 vezes. Quando começa a passar em algum Telecine a
gente tem um ataque de riso. E vê.
Eu adoro a Mocidade Independente de Padre Miguel. Nome lindo. Mas eu sou mangueirense.
Nunca vou me esquecer do Jamelão falando do Clinton,... "feliz que nem pinto no lixo", hohoho.
...Cidadãos inteiramente loucos, com carradas de razão...na na nanana... Rio de ladeiras, civilização
encruzilhada, cada ribanceira é uma nação. À sua maneira, com ladrão, lavadeiras, honra, tradição,
fronteiras, munição pesada. São Sebastião crivado, nublai minha visão na noite da grande fogueira desvairada.
Quero ver a Mangueira, derradeira estação. Quero ouvir sua batucada, ai, ai...
Linda.: )
Eu gostava do Alan. Agora eu quero que a Elane ganhe.
Dhomini é um canastrão.
Escrevendo no Word. Acabamos de comer uma pizza enorme. Desisti de ir pra Friburgo no último
minuto. Felipe zapeando passa pelo Canal Futura. Eeh mãe, olha, entrevista com a Cora. Engraçado
essas coisas de blog; fala dela como se fosse uma amiga, porque me vê visitando o Internetc e ficou
feliz quando mostrei o an.temp im no jornal,. na época do blogtree.
Ficamos olhando um tempo. Que estranha sensação de familiaridade com quem a gente não conhece.
A entrevistadora perguntava sobre livros. Descobri o nome para a sensação de ter um livro nas mãos.
Livros são uma tecnologia calma. Verdade.
Cora tem mãos tão delicadas.
Know How - Saber latir
Merry Christmas - Maria Cristina
Welcome - Bom apetite
Are you sick - Voce tem C.I.C.?
She´s cute - ela escuta
One Ice-cream - Um crime cometido com frieza
I´m alone - Estou na lona
Born to loose - Nascido em Toulose
Big Ben - Benzão
That's all - Aquele é o Al
Fourteen - Pessoa baixa e forte
It´s Ten O´Clock - Tu tens relógio
She´s wonderful - Queijo maravilhoso
It´s too late - É muito leite
Corn Flakes - Cornos frescos
Halloween - Quando a ligação não está boa
Free Shop - Chope de graça
I´m Hungry - Sou húngaro
I´m sad - Estou com sede
She must to go - Ela mastigou
All night long - Tudo de nylon
Her eyes - As dores dela
She's trying again - Ela está traindo alguém
Yellow river - E ela é horrível
Everybody - Todos os bodes
Up-to-date - Levanta que eu quero deitar
Layout - Fora da lei
Go Home - Vai a Roma
His my son - Ele é maçom
U.S. Mail - meio dos Estados Unidos
: ))
"Quando você acha que não pode piorar, bate com o seletor no SBT, onde Sônia Abraão promete
um link direto para o churrasco do Trio Los Anggeles - isso, dois gês - com direito à apresentação
do "Pocotó" Mc Serginho.
Vivo, Timothy Leary corria para o INPI."
Do Bricabraque.
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